segunda-feira, 30 de abril de 2007
Sri Nrsimha Pranama
domingo, 29 de abril de 2007
Narasimha
Reverências a Ti, ó Senhor Narasimha,e a Prahlada Maharaj, Teu devoto sincero.Chegaste de uma forma inusitada,numa inusitada forma:Corpo humano e cara de fera.Cara de fé era o Bhakta Prahlada,arriscou a própria vida,ao assegurar a Tua vinda,enfrentando o demônio Hiranyakasipu, seu pai.
Reverências a Ti, ó Senhor Nrsimhadeva,e à Tua potência interna de prazer,Srimat Laksmidevi, Tua consorte eterna.O casal supremo está sempre outorgando bênçãos aos Seus devotos queridos,e aniquilando os malfeitores demoníacos.
Reverências a Ti, ó Senhor Narasimha,que está dentro e fora de tudo, aqui e lá.Por favor, protegei esta Tua humilde serva,livrai-me das garras Maya,ocupa-me em Teu serviço eternamente.
Krishna Mayi Devi Dasi
Ao vê-las o Senhor começou a gritar: "Eu Sou Ele, Eu Sou Ele".
O Senhor gritava repetidas vezes.
Desta forma Ele foi para a casa de Srivasa Pandita.
"Srivasa, o que estas a fazer?"
Dentro de casa, Srivasa estava a adorar o Senhor Nrsimha.
Batendo com muita força, o Senhor partiu a porta.
Então gritou: "A quem você está a adorar? Em quem você está a meditar? Veja, a pessoa que você está a adorar está aqui!!!"
Srivasa viu uma forma a arder como o fogo, que quebrou a sua meditação.
Ele olhou para as quatro direções e viu o Senhor Caitanya sentado no altar na postura Virasana de Yoga. Sri Caitanya tinha quatro braços, segurava uma concha, cakra, maça e lótus.
Ele gritava como um leão enlouquecido; batia com a palma de Sua mão direita no Seu ombro esquerdo e fazia um som ensurdecedor.
Vendo tudo isto, Srivasa começou a tremer e ficou estupefato, não conseguia mover-se.
O Senhor gritou:
Por muitos dias você não conheceu minha verdadeira identidade?
Devido ao seu sankirtana Eu abandonei Vaikuntha e apareci com todos os Meus associados.
Sem saber quem Sou, você foi para Santipura, Eu vou salvar os devotos e matar os demônios, não se preocupe. Agora, ofereça-Me orações."
Srivasa derramava lágrimas de amor; o medo do seu coração havia desaparecido.
Pela sua natureza, Srivasa Pandita era um grande devoto do Senhor, ele aceitou a ordem do Senhor, e pelo desejo do Senhor recitou orações."
Enviado ao BF por Prahladesh Das
sábado, 28 de abril de 2007
Sri Nrsimhadeva Bhagavan ki jay!
Gita Govinda - Traduzido por Raghunatha Dasa
2
O doce sôpro da sua flauta embriagadora
Esparze o néctar que destila dos Seus lábios
Vejo Seus gestos, Seus sorrisos, Seus olhares
Com os brincos tinindo no rosto brejeiro
Meu coração relembra Krishna quando dança,
Rindo de mim, com as vaqueiras na festança.
3
Seus olhos são como duas pétalas de lótus
E Seu diadema tem uma pena de pavão
Sobre Sua pele cor de nuvem de trovão
Suas finas vestes tem as cores do arco-iris.
Meu coração relembra Krishna quando dança,
Rindo de mim, com as vaqueiras na festança.
4
O beijos estalados nos lábios das gopis
De ancas redondas acicatam-Lhe a luxúria
Clarões de risos brilham na Sua boca rubra
Perfumada e macia como um botão de rosa.
Meu coração relembra Krishna quando dança,
Rindo de mim, com as vaqueiras na festança.
5
Seus braços longos como ramagens silvestres
Ao mesmo tempo enlaçam milhões de pastoras
Os raios de ouro dos Seus membros e o Seu torso
Desanuviam a espessa escuridão da noite.
Meu coração relembra Krishna quando dança,
Rindo de mim, com as vaqueiras na festança.
6
A lua cheia movimentando-se entre as nuvens
Fica ofuscada pela tílaka em Sua testa
Seu coração duro é uma porta que se fecha
Ferindo os seios suspirantes das que a forçam
Meu coração relembra Krishna quando dança,
Rindo de mim, com as vaqueiras na festança.
7
Pingentes de orelha em forma de crocodilo
São os ornamentos de suas sublimes bochechas
Suas roupas reluzentes de dourada seda
São o séqüito de sábios, deuses e demônios.
Meu coração relembra Krishna quando dança,
Rindo de mim, com as vaqueiras na festança.
8
Quando me abraça sob uma árvore florida
Tira o meu medo desse tempo tenebroso
Lançando sobre mim Seu olhar amoroso
E me enche o coração de prazer e alegria.
Meu coração relembra Krishna quando dança,
Rindo de mim, com as vaqueiras na festança.
9
Esta canção de Jayadeva evoca a imagem
Do formoso inimigo do demônio Madhu
Ela é indicada especialmente para os Sadhus
Que mantêm viva a memória dos pés de Hari.
Meu coração relembra Krishna quando dança,
Rindo de mim, com as vaqueiras na festança.
Todas as glórias sejam ao Senhor Shri Chaitanya Mahaprabhu e ao Senhor Nityananda!
Os Upanishads, que podem nos libertar do emaranhamento da existência do mundo material nos elevando à morada transcendental, descrevem que o Brahman impessoal é apenas a refulgência do corpo de Shri Chaitanya Mahaprabhu, e o Senhor conhecido como a Superalma é apenas Sua porção plenária localizada. O Senhor Chaitanya é o próprio Krishna, que é pleno de beleza, conhecimento, renúncia, força, opulência e fama. Ele é a Verdade Absoluta, e não há nenhuma verdade igual ou superior a Ele.
Esta refulgência do corpo de Shri Chaitanya Mahaprabhu é comparada com o avistar de uma colina à distância, confundida a uma nuvem esfumaçada. Uma colina não é uma nuvem esfumaçada, mas a longa distância ela assim parece ser devido a nossa visão imperfeita. Assim, esta refulgência é apenas seu aspecto impessoal. Em Seu aspecto localizado como a Superalma Ele Se situa no coração de todos e permeia cada átomo. Em Seu aspecto como a Superalma Ele é todo-penetrante, já em Seu aspecto pessoal, Bhagavan, Ele manifesta as mesmas opulências que Shri Krishna.
sexta-feira, 27 de abril de 2007
Penitência da Fala
Ninguém deve falar de um modo que agite a mente dos outros. Naturalmente, ao falar, um professor pode instruir seus alunos, dizendo-lhes a verdade, mas esse mesmo professor não precisa se dirigir àqueles que não são seus alunos com palavras que acaso venham agitar suas mentes. Ademais, não se deve falar tolices. O processo de falar em círculos espirituais consiste em dizer algo que as escrituras aprovam. Para confirmar aquilo que diz, a pessoa deve imediatamente citar uma passagem da escritura autorizada. Ao mesmo tempo, deve ser muito agradável ouvir a sua conversa. Com seus comentários, ela pode obter o maior benefício e elevar a sociedade humana. Há um acervo ilimitado de literatura védica, e todos devem procurar estudá-la. Isto se chama penitência da fala. BG 17.15 (Sig)
quinta-feira, 26 de abril de 2007
Gita Govinda - Traduzido por Raghunatha Dasa
Krishna Negligente
1
Enquanto Hari rondava
Pelos bosques de Vrindávana
Namorando com as gopis,
Radha sentiu-se ofendida.
Com o amor próprio ferido
Achou melhor ir embora.
E se foi floresta afora
Mas onde quer que Ela fosse
No mais ermo da floresta
Procurar por um refúgio
O zumbido das abelhas
Assanhadas voejando
Deixavam-na deprimidaE Ela o segredou às amigas.
Reverencias são para Shri Chaitanya Mahaprabhu
Que as águas nectáreas do rio Ganges, das atividades transcendentais do Senhor Chaitanya, deságüem da superfície de nossa língua desértica. Estas águas se embelezam pelo cantar, dançar, e pela entoação enfática dos santos nomes de Krishna, que são as moradas de prazer dos devotos imaculados que nunca se separam do Senhor, e se comparam aos cisnes que nadam ao redor dos belos pés de lótus de Shri Chaitanya Mahaprabhu. O fluir deste rio produz um som melodioso que dá satisfação a seus ouvidos.
Gitanjali 2
Tudo o que é duro e dissonante em minha vida se dissolve em única e doce harmonia, e minha adoração abre suas asas, como um pássaro alegre voando sobre o mar.
Sei que tens prazer no meu canto. Sei que posso chegar à Tua presença apenas através deste cantar.
Com a ponta da asa imensamente aberta do meu canto eu roço Teus pés, que jamais poderia querer alcançar.
Embriagado pela alegria de cantar, esqueço a mim mesmo e Te chamo de amigo, tu que és o meu Senhor
quarta-feira, 25 de abril de 2007
Um amigo no coração
terça-feira, 24 de abril de 2007
Gita Govinda - Traduzido por Raghunatha Dasa
38
Manto de seda amarela
Cobrindo Seu dorso escuro
Colar de flores silvestres
E pingentes cintilantes
Tilintando nas bochechas
Que estão sempre sorridentes:
Ele surgiu de repente.
Ninguém pode compreender
O prodigioso mistério
Dos passatempos de Krishna
No esplendor da primavera.
Quando Hari se deleita
Com Sua côrte de Vaqueiras
Que se deleitam com Ele.
39
Uma vaqueira a Seu lado
De seios belos e fartos
Carinhosamente O abraça
E com voz aguda e linda,
Numa oitava mais acima,
Ela dobra a melodia
Que soa na flauta de Krishna
Ninguém pode compreender
O prodigioso mistério
Dos passatempos de Krishna
No esplendor da primavera.
Quando Hari se deleita
Com Sua côrte de Vaqueiras
Que se deleitam com Ele.
40
Outra tímida vaqueira
Fascinada pelos gestos
E pelo brilho do olhar
Encantador e travesso
Do matador de Madhu
Não pode desviar os olhos
Da Sua face de lótus.
Ninguém pode compreender
O prodigioso mistério
Dos passatempos de Krishna
No esplendor da primavera.
Quando Hari se deleita
Com Sua côrte de Vaqueiras
Que se deleitam com Ele.
41
Ao mesmo tempo outra Gopi
De quadris bem volumosos
Sussurrando em Seu ouvido
Algum segredo amoroso
Se inclina para beijar
Com suavidade Sua face
Que Ele oferece com graça.
Ninguém pode compreender
O prodigioso mistério
Dos passatempos de Krishna
No esplendor da primavera.
Quando Hari se deleita
Com Sua côrte de Vaqueiras
Que se deleitam com Ele.
42
Impelida pelo anseio
De se entregar totalmente
Ao seu varonil Vaqueiro
Uma Gopi joga o sari
Que lhe cobre o corpo inteiro
Sobre uma moita de juncos
Na beira do rio Jamuna.
Ninguém pode compreender
O prodigioso mistério
Dos passatempos de Krishna
No esplendor da primavera.
Quando Hari se deleita
Com Sua côrte de Vaqueiras
Que se deleitam com Ele.
43
Krishna galanteia a jovem
Que dança o rito do amor,
Ao som da divina música
Da Sua flauta de bambu,
Batendo palmas ritmadas
Com braceletes de guizos
Que tilintam como sinos.
Ninguém pode compreender
O prodigioso mistério
Dos passatempos de Krishna
No esplendor da primavera.
Quando Hari se deleita
Com Sua côrte de Vaqueiras
Que se deleitam com Ele.
44
Ele abraça uma vaqueira
Uma outra Ele acaricia
E uma terceira Ele beija
Mas Seu olhar se dirige
Para uma que lhe sorri
Enquanto isso imita os gestos
Da que lhe olha com desejo.
45
Este profundo mistério
Das brincadeiras eróticas
Nas florestas de Vrindávana
É o que canta Jayadeva.
E que para o mundo inteiro
Possa esta celebração
Espalhar a bendição.
46
Quando Ele dá vida a tudo
Trazendo o bem aos três mundos
Seus negros membros de lótus
Dão começo ao festival
Da primavera do amor
E suas vaqueiras amadas
Enlaçam-nO nos seus braços.
47
Agora o vento que vem
Dos sândalos montanheses
Sobe aos picos do himalaya
Desejando entrar na neve
Após se arrastar por meses
Sob o estômago bem quente
Das venenosas serpentes.
O som espalhafatoso
Das vozes doces dos cucos
Aumenta de intensidade
Quando espiam com alegria
Os tenros brotos nos cachos
Que estão nas pontas dos galhos
Das mangueiras carregadas.
“Krishna Alegre” é a primeira parte daCanção do Negro
Amor
Remoção da Ignorância
A Verdade Absoluta é Shri Krishna. Amor devocional à Shri Krishna exibido em amor puro é alcançado através do canto congregacional do santo nome, que é a essência de toda bem-aventurança.
O sol e a lua dissipam a escuridão do mundo externo e assim revelam objetos materiais externos como potes e pratos; mas estes dois irmãos dissipam a escuridão da mais profunda região do coração ajudando às pessoas a encontrarem a grande escritura Shrimad-Bhagavatam e o devoto puro absorto na doçura amorosa devocional.
Através das ações do Shrimad-Bhagavatam e do devoto puro, o Senhor induz a doçura do serviço amoroso transcendental no coração da entidade viva. Então, o Senhor, situado no coração de Seu devoto, se subjuga ao controle amoroso de Seu devoto.
Gitanjali 50
As minhas esperanças voaram alto, e pensei que meus dias infelizes tinham chegado ao fim. E fiquei sentado esperando esmolas serem dadas sem serem pedidas, e um tesouro derramado pelo chão, em todo lugar.
A carruagem parou onde eu estava sentado. Teu olhar pousou sobre mim e desceste sorindo. Senti que a felicidade da minha vida por fim havia chegado. Então, de repente, estendeste a mão direita e perguntaste: "O que tens para dar a Mim?"
Ah, mas que gesto régio foi esse o de abrir a Tua mão para pedir esmola a um mendigo! Eu estava confuso e não sabia o que fazer. Então, bem devagar, tirei de minha sacola o último e menor grão de trigo e o entreguei a Ti.
Contudo, qual não foi minha surpresa quando, no fim do dia, esvaziei minha sacola no chão e encontrei um grão de ouro entre as pobres migalhas que restavam.! Chorei amargamente, lamentendo não ter tido a coragem de entregar-me todo a Ti.
Ravindranath Thakura(Tagore)
segunda-feira, 23 de abril de 2007
Inspirado por Krishna
Quem está em plena consciência de Krishna não fica indevidamente ansioso pela execução dos deveres da sua existência. Os tolos não podem compreender essa grande capacidade de ficar livre de toda ansiedade. Para alguém que age em consciência de Krishna, o Senhor Krishna Se torna o amigo mais íntimo. Krishna sempre Se ocupa com o conforto de Seu amigo, e Se entrega a ele, que está tão devotamente ocupado, trabalhando vinte e quatro horas por dia para agradar o Senhor. Portanto, ninguém deve se deixar arrastar pelo falso ego manifestado sob a forma de conceito de vida corpórea. Ninguém deve falsamente julgar-se independente das leis da natureza material, ou livre para agir como quiser. Todos já estão sob as estritas leis materiais. Mas logo que age em consciência de Krishna, o devoto se liberta e fica livre das perplexidades materiais. Deve-se notar com muito cuidado que quem não é ativo em consciência de Krishna está se perdendo no redemoinho material, no oceano de nascimentos e mortes. Na verdade, nenhuma alma condicionada sabe o que deve ser feito e o que não deve ser feito, mas quem age em consciência de Krishna está livre para agir porque tudo é inspirado por Krishna e confirmado pelo mestre espiritual. BG. 18.58 (sig)
domingo, 22 de abril de 2007
San Luis Obispo - California - EUA
A Murti de Srila Prabhupada
Tradicionalmente, acharyas eminentes são adorados em murtis tridimencionais, e Srila Prabhupada aprovava a adoração de sua própria murti. Todos os devotos reunidos devem adorar a murti de Srila Prabhupada no Templo diariamente com chandana e flores, guirlandas, arati, e kirtana, especificamente o cantar de Sri Guru-vandana, por Narottama Das Thakura. Srila Prabhupada especificou que sua murti deveria ser respeitada basicamente de mesma maneira que seu retrato na vyasasana é respeitado, exceto que a murti pode ser vestida. Não se espera que todos upacaras sejam oferecidos assim como na adoração regular das Deidades.
· Ao adorar o mestre espiritual, oferecemos flores aos seus pés, não a suas mãos.
· Iniciado ou não, qualquer devoto que está cantando dezesseis voltas do Hare Krishna mantra e seguindo os quatro princípios regulativos pode realizar este serviço.
Pancaratra-pradipa
sábado, 21 de abril de 2007
Arcana
A adoração regulada da arca-vigraha é um dos nove processos de serviço devocional que Prahlada Maharaj enumera no Srimad Bhagavatam.
Arcana define-se como oferecer artigos de adoração (upacaras) com mantras após ter realizado atividades purificatórias preliminares (purvanga-karmas).
sexta-feira, 20 de abril de 2007
Gita Govinda - Traduzido por Raghunatha Dasa
27
O sopro suave dos ventos
Que vem dos montes de sândalo
Tremula os frágeis craveiros.
Nas cabanas da floresta
Pode-se ouvir o barulho
Das abelhas zumbideiras
Ou o lamento do cuco.
Quando a primavera irrompe
Com seus perfumes e cores
Hari ronda por alí
Para consagrar a vida
E dançar com as pastoras
Este tempo é o mais ingrato
Para amantes separados.
28
As abelhas enxameiam
Sobre os cachos das acácias
Para extrair o doce néctar
E as esposas solitárias
Dos viajantes afastados
Sonham loucas fantasias
De reencontros e alegrias
Quando a primavera irrompe
Com seus perfumes e cores
Hari ronda por alí
Para consagrar a vida
E dançar com as pastoras
Este tempo é o mais ingrato
Para amantes separados.
29
Folhas verdes da Tamala
Têm a fragrância do almíscar
E suas flores vermelhas
São agudas como as unhas
Do perverso Deus do Amor
Que trespassa o coração
De quem ama com paixão.
Quando a primavera irrompe
Com seus perfumes e cores
Hari ronda por alí
Para consagrar a vida
E dançar com as pastoras
Este tempo é o mais ingrato
Para amantes separados.
30
As acácias amarelas
São brilhantes como o cetro
Do Senhor da Primavera.
As trombetas de narcisos
Como abelhas assanhadas
São as flechas que sairam
Da aljava do Deus Cupido.
Quando a primavera irrompe
Com seus perfumes e cores
Hari ronda por alí
Para consagrar a vida
E dançar com as pastoras
Este tempo é o mais ingrato
Para amantes separados.
31
Brancas flores em botão
Dão gargalhadas ao verem
Perder toda a compostura
As pessoas apaixonadas
E o cactus cheio de espinhos
Fura o céu para ferir
Amantes desiludidos.
Quando a primavera irrompe
Com seus perfumes e cores
Hari ronda por alí
Para consagrar a vida
E dançar com as pastoras
Este tempo é o mais ingrato
Para amantes separados.
32
O aroma das trepadeiras
Mescla-se com o perfume
Das guirlandas de jasmim.
Se a primavera perturba
Até mesmo os eremitas
Causa ainda mais confusão
Nos corações juvenís.
Quando a primavera irrompe
Com seus perfumes e cores
Hari ronda por alí
Para consagrar a vida
E dançar com as pastoras
Este tempo é o mais ingrato
Para amantes separados.
33
Vibra a florida mangueira
Abraçada na videira
As florestas de Vrindávan
São lavadas pelas águas
Sinuosas do rio Jamuna
Nestas paragens sagradas
Alcança-se a plenitude.
Quando a primavera irrompe
Com seus perfumes e cores
Hari ronda por alí
Para consagrar a vida
E dançar com as pastoras
Este tempo é o mais ingrato
Para amantes separados.
34
A canção de Jayadeva
Traz-nos de volta a memória
Da poeira dos pés de Hari
Que renova a natureza
Impregnando a primavera
Com as delícias do Amor
Que tem sublime sabor.
Quando a primavera irrompe
Com seus perfumes e cores
Hari ronda por alí
Para consagrar a vida
E dançar com as pastoras
Este tempo é o mais ingrato
Para amantes separados.
35.
O vento que leva o pólem
Dos jasmineiros florados
Leva também a fragrância
Do sopro do Deus do Amor
Perfumado como o cactus
Que maltrata um coração
Quando lhe faz arranhão.
36
O canto doce dos cucos
Que bicam brotos de manga,
Disputados por abelhas
Desejosas do seu néctar,
Despertam as emoções
Dos viajantes saudosos
Que estão longe das esposas.
Eles vivem nesses tempos
Meditando nas lembranças
Que revivem a presença
Das amadas tão distantes.
E vivendo de seus sonhos
Mesmo na separação
Saboreiam a união
37
Quando vê Krishna por perto
Uma amiga avisa a Radha,
Apontando a direção
Por onde andava Murari:
Olhe o grande sedutor
Com suas muitas namoradas
Que Ele abraça.sem pudor
Religiosidade Enganosa
A distinção entre a religião real e pretensiosa deve ser revelada. Há inúmeras “fés” pretensiosas que passam como religião, mas negligenciam a essência real da religião. A verdadeira religião da entidade viva a desperta para o serviço amoroso a Deus, enquanto que uma religião pretensiosa encobre a entidade viva deixando-a coberta por camadas de ignorância. A verdadeira religião fica encoberta quando a religião artificial domina a entidade viva.
A forma verdadeira de religião é o serviço espontâneo amoroso a Deus. O relacionamento de serviço da entidade viva com a Personalidade de Deus Absoluta é eterno.
Pelo contato com a natureza material as entidades vivas exibem sintomas de variadas enfermidades de consciência material. Curar esta enfermidade material é o objeto supremo da vida humana. A religião real cura esta doença.
O processo principal de enganação é desejar alcançar liberação por fundir-se no Supremo, pois além de causar o desaparecimento do serviço amoroso à Krishna, é o tipo mais sutil de ateísmo. O desejo por liberação deve ser rejeitado completamente.
Pela graça do Senhor Chaitanya e Senhor Nityananda esta escuridão da ignorância é removida e a verdade é manifesta.
O que é Sikha?
Segundo a cultura védica, quando uma pessoa se submete a cerimônia cuda-karana-samskara (cerimônia de corte de cabelo) e upanayana (iniciação védica), ela deve raspar a cabeça, deixando um tufo de cabelo chamado sikha. Deve-se ter uma sikha para realizar qualquer tipo de yajna. Por isso na tradição indiana todos os brahmanas, vaishnavas ou outros, possuem uma sikha.
Embora parece que não há injunções shastricas com relação ao tamanho da sikha, os Gaudiya Vaishnavas tradicionalmente mentem aproximadamente 5 ou 6 centímentros de diâmetro. Srila Prabhupada mencionou isso numa conversa com alguns de seus discípulos no Hawaí. “ A sikha dos Gaudiya Vaishnavas mede uma polegada e meia na largura – mais não. Sikha maior significa outra sampradaya... E elas precisam ser amarradas.” (Srila Prabhupada Lilamrta)
A sikha pode ter qualquer comprimento, porém deve-se mantê-la bem amarrada e só desamarrar quando estiver lavando, limpando ou passando óleo nela. E ainda, ao dormir, comparecer a ritos funerários ou observar período de luto, mantenham a sikha desamarrada. Como a sikha desamarrada é sinal de morte na família, é inauspicioso realizar nossos deveres diários com a sikha desamarrada. Diz-se que se mantivermos a sikha desamarrada, o corpo poderá tornar-se fraco.
Enquanto amarra a sikha após o banho, cante Hare Krishna mantra, ou se tiver iniciação nos Gayatri mantras, silenciosamente cante o Brahma-gayatri (primeira linha). A sikha não deve ser trançada, nem deve ser mantida comprida e desarrumada (se a sikha for curta demais para se amarrar, tudo bem deixa-la aberta, mas não desarrumada).
quinta-feira, 19 de abril de 2007
Gita Govinda - Traduzido por Raghunatha Dasa
17
Você descansa no colo de Sri Radha
Usando brincos nas orelhas,
Fazendo guirlandas de flores silvestres
Glória a Jayadeva Hare
18
A aro solar é a Sua auréola
Quando Você desata o nó da existência
Cisne Supremo na mente de quem medita
Glória a Jayadeva Hare
19
Você vence a venenosa serpente Kaliya
Dando alegria à família dos Yadus
Como a luz do sol desabrocha a flor de lótus
Glória a Jayadeva Hare
20
Montado no poderoso pássaro Garuda
Você combate os demônios Madhu, Mura e
Naraka
Deixando os deuses livres para o prazer
Glória a Jayadeva Hare
21
O olhar sem mácula dos Seus olhos de lótus
Livra-nos da prisão da vida material
Preservando a existência dos três mundos
Glória a Jayadeva Hare
22
A filha do rei Janaka, Sita é o seu bem,
Por ela Você luta vencendo Dushana
E mata o demônio de dez cabeças Ravana
Glória a Jayadeva Hare
23
Sua beleza refresca como nuvem túmida de
chuva
Você agita o monte Mandara extraindo o
néctar do mar
Seus olhos são pássaros pretos bebendo a lua
da face de Radha
Glória a Jayadeva Hare Glória a Jayadeva Hare
24
O poeta Jayadeva canta
Esta canção de louvor
Que é uma prece auspiciosa
Glória a Jayadeva Hare
25
Quando Ele repousa no abraço de Sri Radha
No suave declive de Seu busto
O tronco açafroado do Matador de Madhu
Fica manchado de rubras marcas da paixão
E suado de cansaço de tão intenso amor.
Possa o seu largo tórax nos dar prazer também
26
Radha de membros macios
Mais bela que a primavera
Levada por seu amor
Embrenha-se na floresta
Como uma videira em flor
Procurando o Bem Amado
Que anda por muitas estradas.
Seu corpo freme de anseio
De chegar ao aconchego
Do seu Amante que se esconde
Nos mais secretos recantos
Suas amigas acompanham-na
Cantando uma melodia
Que a paixão intensifica.
Krishna e Balarama
Assim como o sol e a lua afastam a escuridão pelo seu aparecimento e revelam a natureza de tudo, estes dois irmãos dissipam a escuridão da ignorância que cobrem as entidades vivas e as ilumina com o conhecimento da Verdade Absoluta.
Gitanjali 63
Meu coração se inquieta quando tenho que deixar meu abrigo costumeiro. Eu me esqueço de que o antigo mora dentro do novo, e que aí Tu moras também.
No nascimento e na morte, neste ou em outros mundos, e onde quer que me conduzas, Tu és sempre o mesmo, o companheiro único da minha vida sem fim. Sim, com laços de alegria Tu amarras meu coração àquilo que não conheço.
Quando alguém conhece a Ti, ninguém mais lhe é estranho, e nenhuma porta se lhe fecha. Senhor, atende a esta minha súplica: que eu jamais perca a felicidade de ver a presença do único no jogo dos muitos.
quarta-feira, 18 de abril de 2007
Gita Govinda - Traduzido por Raghunatha Dasa
5
Nas ondas turbulentas das marés diluvianas
Você mantém o sagrado Veda como um navio
firme no seu rumo
Na encarnação de Peixe, Ó Keshava!
Gloria a Krishna, o Senhor do Universo.
6
Quando o mundo se apóia em Seu vasto dorso
Fundas cicatrizes mostram o peso de carregá-lo
Na encarnação de tartaruga, Ó Keshava!
Gloria a Krishna, o Senhor do Universo.
7
Você sustém a Terra na ponta do Seu chifre,
Como uma pequena mancha na lua crescente
Na encarnação de Javali, Ó Keshava!
Gloria a Krishna, o Senhor do Universo.
8
As unhas de Suas mãos de lótus são presas
medonhas
Rasgando o corpo da vespa Hiranyakashipu
Na encarnação de Homem-Leão, Ó Keshava!
Gloria a Krishna, o Senhor do Universo.
9
Com três passos largos ultrapassa o mundo
enganando Bali
E a água escorre dos Seus pés de lotus
purificando as criaturas.
Na encarnação de Vâmana, Ó Keshava
Gloria a Krishna, o Senhor do Universo.
10
Você lavou o mal do mundo num rio de sangue
de guerreiros
Aliviando a angústia da existência
Na encarnação de Santo-Guerreiro, Ó Keshava!
Gloria a Krishna, o Senhor do Universo.
11
A pedido dos deuses que guardam as direções
na guerra
Você lançou no espaço as dez cabeças do
demônio Râvana
Na encarnação de Ramachandra, Ó Keshava!
Gloria a Krishna, o Senhor do Universo.
12
O manto em Seu corpo luzidio tem cor de
nuvem carregada
E as águas do Jamuna fogem temendo-Lhe o
golpe do arado
Na encarnação de Balarama, Ó Keshava!
Gloria a Krishna, o Senhor do Universo.
13
Motivado pela compaixão, Você condena os
rituais védicos
Que realizam matança de animais em sacrifícios
Na encarnação de Buddha, Ó Keshava!
Gloria a Krishna, o Senhor do Universo.
14
Você ergue a cimitarra como um cometa
enraivecido
Para exterminar as hordas de infiéis no fim da
kalyuga
Na encarnação de Kalki, Ó Keshava!
Gloria a Krishna, o Senhor do Universo.
15
Ouçam a nobre louvação do poeta Jayadeva
Celebrando com alegria a razão de ser da vida
Nas Suas dez encarnações, Ó Keshava
Gloria a Krishna, o Senhor do Universo.
16
Por ter salvado os Vedas
Por ter sustentado a Terra
Por ter erguido o mundo
Por ter matado o rei Maligno
Por ter iludido Bali
Por ter dizimado a classe guerreira
Por ter derrotado Rávana
Por ter sido o portador do arado
Por ter manifestado a compaixão
Por ter aniquilado os infiéis
Todas as glórias a Hari
Nas Suas dez encarnações.
Despertando a Atitude de Serviço
Benefícios do Banho Matinal
terça-feira, 17 de abril de 2007
A Canção do Negro Amor
Gitagovinda
PRIMEIRA PARTE
Krishna Alegre
1
Nuvens grossas cobrem o céu
Tamalas frondosas escurecem a mata
A noite negra o amedronta.
Radha, traga-o para casa!
Ao mando de Nanda elas vão,
Por entre árvores e moitas no caminho,
Até o lugar secreto às margens do rio Jamuna
onde o amor de Radha e Madhava se consuma.
2
Jayadeva, o errante rei dos bardos
Que aos pés de lótus de Padmavati canta
Tinha o coração obcecado
Pelos ritmos da Deusa da Palavra
E compôs este poema lírico
Das estórias dos folguedos amorosos
De quando Radha e Vasudeva se encontraram.
3
Umapatidhara prodigaliza com a fala
Sharana é famoso pela fluidez sutil dos sons,
Mas apenas Jayadeva desoculta o sentido
secreto das palavras.
Dhoyi tem a fama de ser rei dos poetas por
seu ouvido musical,
Mas não há quem rivalize o mestre Govardhana
Em versos de gosto erótico e verdade divina.
4
Se a lembrança de Hari purifica teu coração,
Se Sua arte de seduzir te emociona
Ouve a narração de Jayadeva
Nestas suaves e doces canções de amor.
A Identidade do Mestre Espiritual
“Uma pessoa deve compreender que o mestre espiritual, acharya, sou Eu mesmo, e nunca se deve desrespeitá-lo de nenhuma maneira. Uma pessoa não deve invejá-lo, pensando dele como um homem ordinário, pois ele é o representante de todos os semideuses”.
Porque o mestre espiritual fidedigno sempre se ocupa no serviço devocional imaculado à Suprema Personalidade de Deus, compreendemos que ele é um representante genuíno de Shri Nityananda Prabhu.
Assim os devotos adoram Shrila Gurudeva, o mestre espiritual, sob a luz do conhecimento de que ele é o servo mais querido da Suprema Personalidade de Deus. Considera-se o mestre espiritual como sendo um dos associados confidenciais de Shrimati Radharani, ou a representação manifesta de Shrila Nityananda Prabhu. O Senhor Nityananda, que é o próprio Balarama, é o mestre espiritual original. Ele auxilia o Senhor Krishna em Seus passatempos, é o servo do Senhor.
Avataras
Há várias espécies de avataras, tais como purusavataras, gunavataras, lilavataras, sakty-avesa avataras, manvantara-avataras e yugavataras – todas aparecendo esquematicamente por todo o Universo. Mas o Senhor Krishna é o Senhor primordial, a fonte de todos os avataras. O Senhor Sri Krishna vem com o propósito específico de mitigar as ansiedades dos devotos puros, que estão muito ansiosos por vê-lo executando Seus passatempos originais em Vrindávana. Portanto, a finalidade principal do avatara de Krishna é satisfazer Seus devotos imaculados.
Bhagavad-gita 4.8 (Significado)
segunda-feira, 16 de abril de 2007
Para sua proteção
domingo, 15 de abril de 2007
O Mestre Espiritual
Cada entidade viva é essencialmente um servo da Suprema Personalidade de Deus, e o mestre espiritual também é Seu servo. Mas o mestre espiritual é uma manifestação direta do Senhor. O discípulo deve ter esta convicção e assim avançar na consciência de Krishna.
A ocupação do mestre espiritual é expandir o serviço do Senhor por treinar seus discípulos em uma atitude serviçal. O mestre espiritual nunca se coloca como o próprio Senhor Supremo. Ele se considera um representante do Senhor.
As escrituras reveladas proíbem alguém de se apresentar como Deus, mas um mestre espiritual fidedigno é o servo fiel e mais confidencial do Senhor, portanto merece tanto respeito quanto Ele. Apesar de o mestre espiritual sempre se apresentar como o servo mais humilde da Personalidade de Deus, o discípulo deve sempre vê-lo como a representação manifesta de Deus.
Srila Bhaktivinoda Thakura
Tilaka se refere a marcas colocadas no corpo empregando várias substâncias. Urdhva-pundra refere-se a duas marcas verticais colocadas na testa e em outras partes do corpo para indicar rendição ao Senhor Visnu. As doze partes do corpo (testa, umbigo, coração, lados do abdomen, braços, ombros, raiz da nuca e parte inferior das costas) em que se colocam as marcas de urdhva-pundra não são pontos arbitrários; são pontos sensíveis que facilmente absorvem energia espiritual gerada por se recitar os nomes de Visnu e mentalmente colocar o Senhor nestas posições.
Se um devoto aplica as marcas do Senhor e canta Seu nome, o Senhor fica satisfeito e reside com ele. Dessa forma o corpo material se torna um Templo santificado do Senhor.
O Hari-bhakti-vilasa menciona que urdhva-pundra pode variar de formato, cor, e material conforme a sampradaya do devoto, porém outros elementos são comuns a todas. Não deve ser torta, desigual, descentrada, suja, ou mal-cheirosa. Na testa, a porção central entre as duas linhas deve ficar aberta desde as sobrancelhas até a linha dos cabelos, mas deve se juntar na base. A porção sólida pode estender-se por três quartos do nariz. Diz-se que o Senhor Visnu reside na porção central, enquanto Brahma reside à esquerda e Siva à direita.
Chandana vermelho e cinzas não devem ser usados para tilaka. Terra, por estar no modo da bondade, pode ser usada. As escrituras glorificam especialmente gopi-chandana, uma terra especial de Dvaraka.
Srila Prabhupada diz:
Em kali-yuga quase não conseguimos adquirir ornamentos de ouro ou jóias, porém as doze marcas de tilaka no corpo são suficientes como decorações auspiciosas para purificar o corpo ( Bhag. 4.12.28).
Você sabe que todo soldado tem um uniforme segundo a etiqueta ou regra do exército. Portanto, o exército da consciência de Krishna tem que ter pelo menos tilaka na testa em todas as condições. (Carta de 3 de agosto de 1969).
Não se deve aplicar tilaka no banheiro.
Evitem derramar gopi-chandana enquanto misturam na palma da mão, não desperdicem, é preciosa!
*retirado do Pancaratra-pradipa
sábado, 14 de abril de 2007
Uma canção de amor
Um misto de magia e mística espalhou-se por todo o lugar; o cheiro, a forma, e o som de fato, tudo em um único ato, levaram-me a um êxtase sem par.
Neste instante, diante do Teu altar, tive a nítida sensação de reencontro, algo que jamais saberei explicar.
Num estado de bem-aventurança sem precedente, comecei a cantar. Palavras mal pronunciadas em frases inacabadas expressavam o meu esquecimento e a vontade de lembrar.
Sem clara compreensão do que acontecia, deixei-me contagiar: Canto, dança e muita alegria,... apenas por o Teu nome pronunciar.
Dançando timidamente, desconcertada pelo Teu olhar, desejei eternizar aquele momento, e, pelo tempo perdido, fiquei a lamentar.
Pra concluir esta canção um segredo quero revelar; sem a Tua presença sou vago poema, uma besta a divagar.
Krishna-mayi dd
Cantando o Santo Nome
Seis em Um
Entre os inúmeros devotos do Senhor, Shrivasa Thakura é o principal. Advaita Acharya é a encarnação parcial do Senhor. Shri Nityananda é a manifestação plenária do Senhor, e Shri Gadadhara é a principal das potências internas do Senhor.
sexta-feira, 13 de abril de 2007
Gitanjali 25
Não permitas que eu force o meu espírito abatido a preparar alguma coisa pobre para o Teu culto.
És Tu que estendes o véu da noite sobre os cansados olhos do dia, a fim de que o seu olhar se renove com fresca alegria ao despertar.
quinta-feira, 12 de abril de 2007
Ensinamentos para a Mente
Madana-Mohana, Govinda e Gopinatha
Glórias sejam aos Todos misericordiosos Radha e Madana-mohana!
Em um templo de jóias em Vrindávana, sob uma árvore dos desejos, Shri Shri Radha-Govinda, servidos pelos Seus associados mais confidenciais, sentam-Se sob um trono refulgente.
Shri Shrila Gopinatha, que trouxe a doçura transcendental da dança da rasa, firmemente se coloca a margem do Vamshivata e atrai a atenção das donzelas vaqueiras com o som de Sua flauta celebrada. Que todos possam nos conceder Suas bênçãos.
Todas as glórias sejam a Shri Chaitanya e Nityananda! Glórias sejam a Advaitachandra! E glórias a todos devotos de Shri Gaura!
As três Deidades Madana-mohana, Govinda e Gopinatha absorveram os corações dos seguidores do Senhor Chaitanya. Madana-mohana encanta Cupido, o deus do amor; Govinda, é aquele que dá prazer aos sentidos e as vacas, e Gopinatha é o amante transcendental das vaqueiras, as gopis.
A adoração de Madana-mohana está na plataforma do restabelecimento de nossa relação esquecida com a Personalidade de Deus. No começo de nossa vida espiritual devemos adorar Madana-mohana para que Ele possa nos atrair e anular nosso apego pela gratificação dos sentidos materiais. Quando queremos render serviço com forte apego devemos adorar a Govinda na plataforma de serviço transcendental, Ele é o reservatório de todos os prazeres. E quando, pela graça de Krishna, alcançamos a perfeição no serviço devocional, podemos apreciar Krishna como Gopijana-vallabha, a Deidade amada das donzelas de Vraja.
quarta-feira, 11 de abril de 2007
Deus é Sempre Bondoso
P/ A.C. Bhaktivedhanta Swami Prabhupada
“Devemos ter sempre em mente que Deus é sempre bondoso conosco. A despeito de nossa visível desobediência às leis da natureza, o Senhor tem a bondade de cuidar de nossa manutenção. A água é um dos itens mais importantes para a nossa manutenção, posto que, sem a água, não podemos produzir nossos alimentos nem matar nossa sede. A água também é necessária em muita abundância para muitos outros fins. Deste modo, o Senhor reservou a água em três quartos do globo e fê-la salgada para conservá-la. A água salgada não se decompõe, e este é o arranjo da Providência. O Senhor incumbiu ao poderoso Sol evaporar a água de planetas como a Terra, destilá-la em água límpida nas nuvens e em seguida armazená-la nos picos das montanhas, assim como armazenamos água em reservatórios altos para distribuição posterior. Parte do armazenamento de água é transformada em gelo de modo que ela não inunde a Terra sem um bom propósito. O gelo derrete-se aos poucos durante o ano, flui pelos grandes rios e desliza outra vez para o mar para que seja preservada a água.
Portanto, as leis da natureza de Deus não são nem cegas nem acidentais, como concluem homens com um pobre fundo de conhecimento. Pot trás das leis da natureza está o cérebro vivo de Deus, assim como sempre existe um legislador por trás de todas as leis do Estado. Pouco importa se vemos ou não o legislador por trás das leis comuns; devemos admitir que o legislador existe. A matéria jamais poderá agir de maneira automática, sem a mão viva, e por isso devemos admitir a existência de Deus, o ser vivo supremo, por trás das leis da natureza. O Senhor diz no Bhagavad-gita que a natureza funciona sob sua supervisão:
“Esta natureza material, que é uma das Minhas energias, funciona sob Minha direção, ó filho de Kunti, e produz todos os seres móveis e inertes. Obedecendo-lhe ao comando, esta manifestação é criada e aniquilada repetida vezes.” (Bg. 9.10)
A natureza é apenas uma força, por trás da qual encontra-se uma usina de força e um cérebro, assim como por trás da força elétrica existe uma usina hidrelétrica, onde tudo é conduzido pelo cérebro do engenheiro residente. A natureza material funciona com muita perfeição e não cegamente, por causa da supervisão de Deus supremo e poderoso. Confirma-se o mesmo nos hinos védicos (Atharva Veda). É apenas sob a supervisão de Deus que todas as leis materiais funcionam... “
terça-feira, 10 de abril de 2007
Upadesamrta (O Néctar da Instrução)
p/ A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada
Uma pessoa sóbria que seja capaz de tolerar o desejo de falar, as exigências da mente, as ações da ira e os impulsos da língua, do estômago e dos órgãos genitais é qualificado para fazer discípulos em todo o mundo.
Tem seu serviço devocional destruído aquele que se envolve demais nas seis seguintes atividades: 1. comer mais do que o necessário ou arrecadar mais fundos do que os necessários; 2. esforçar-se em demasia por conseguir coisas mundanas que sejam muito difíceis de obter; 3. conversar desnecessariamente a respeito de assuntos mundanos; 4. praticar as regras e regulações das escrituras só por segui-las, e não pelo avanço espiritual, ou rejeitar as regras e regulações das escrituras e trabalhar independentemente ou caprichosamente; 5. associar-se com pessoas de mentalidade mundana que não estão interessadas na consciência de Krishna; e 6. ambicionar realizações mundanas.
Há seis princípios favoráveis à prática de serviço devocional puro: 1. ser entusiasta, 2. esforçar-se com confiança, 3. ser paciente, 4. agir segundo os princípios reguladores [tais como: sravanam kirtanam visnoh smaranam – ouvir, cantar e lembrar-se de Krishna], 5. abandonar a companhia de não-devotos e 6. seguir os passos dos acaryas anteriores. Esses seis princípios garantem indubitavelmente o pleno êxito do serviço devocional puro.
Os seis sintomas de amor que os devotos compartilham entre si são: dar presentes em caridade, aceitar presentes caridosos, revelar os pensamentos confidencialmente, indagar confidencialmente, aceitar prasadam e oferecer prasadam.
Deve-se honrar mentalmente o devoto que canta o santo nome do Senhor Krishna; deve-se prestar reverências humildes ao devoto que tenha se submetido à iniciação espiritual (diksa) e que se dedique a adorar a Deidade; e deve-se associar com o devoto puro que seja avançado em serviço devocional indesviável e cujo coração está inteiramente isento da propensão de criticar os outros, e também deve-se servir fielmente tal devoto.
Situado em sua posição consciente de Krishna original, o devoto puro não se identifica com o corpo. Não se deve encarar tal devoto a partir de um ponto de vista material. Na realidade, não se deve reparar se o corpo do devoto nasceu em família inferior, se tem aspecto feio, se é deformado, doente ou fraco. Segundo a visão comum, essas imperfeições podem parecer importantes no corpo de um devoto puro; porém, apesar de tais defeitos aparentes, o corpo do devoto puro não pode contaminar-se. É assim como no caso das águas do Ganges, que às vezes, durante as estações das chuvas, enchem-se de bolhas, espuma e lama. As águas do Ganges não ficam poluídas. Aqueles que são avançados em entendimento espiritual se banharão no Ganges, sem considerar a condição da água.
O santo nome, o caráter, os passatempos e as atividades de Krishna são todos transcendentalmente doces como o açúcar-cande. Embora a língua de uma pessoa atormentada pela icterícia da avidya (ignorância) não possa apreciar nenhuma coisa doce, é maravilhoso que, pelo simples fato de cantar com cuidado estes doces nomes todos os dias, desperte em sua língua um sabor natural, e sua doença seja aos poucos destruída pela raiz.
A essência de todos os conselhos é que se deve utilizar todo o tempo – vinte e quatro horas por dia – em cantar bem e lembrar o nome divino do Senhor, Sua forma transcendental, Suas qualidades e Seus passatempos eternos, ocupando-se, deste modo, a língua e a mente, passo a passo. Dessa maneira, deve-se morar em Vraja (Goloka Vrindávana-dhama) e servir a Krishna sob orientação dos devotos. Deve-se seguir os passos dos adorados devotos do Senhor, os quais estão profundamente apegados a Seu serviço devocional.
O lugar santo conhecido como Mathura é espiritualmente superior a Vaikuntha, o mundo transcendental, porque o Senhor nasceu ali. Mas a floresta transcendental de Vrindávana é superior a Mathura-puri por causa dos passatempos rasa-lila de Krishna. E a colina de Govardhana é superior á floresta de Vrindávana, pois a mão divina de Sri Krishna a ergueu e ela serviu de cenário para Seus vários passatempos amorosos. E, sobretudo, o superexcelente Sri Radha-kunda ocupa a posição suprema, pois é inundado pelo prema nectáreo e ambrosíaco do Senhor de Gokula, Sri Krishna. Qual, então, será a pessoa inteligente que não estará disposta a servir a este divino Radha-kunda, situado ao pé da colina de Govardhana?
Os sastras dizem que, de todas as classes de trabalhadores fruitivos, aquele que é avançado em conhecimento dos valores superiores da vida é favorecido pelo Supremo Senhor Hari. Dentre muitas de tais pessoas avançadas em conhecimento (jnanis), aquela que está praticamente liberada em virtude de seu conhecimento talvez adote o serviço devocional. Esta é superior aos outros. Contudo, a que realmente alcançou prema, amor puro por Krishna, é superior àquela. As gopis são mais elevadas que todos os devotos avançados porque sempre dependem totalmente de Sri Krishna, o vaqueirinho transcendental. Entre as gopis, a mais querida de Krishna é Srimat Radharani. Seu kunda (lago) é tão profundamente querido para o Senhor Krishna quanto Ela, Radharani, a mais querida das gopis. Quem, então, não residiria em Radha-kunda e,com um corpo espiritual sobrecarregado com sentimentos devocionais extáticos (aprakrta-bhava), não prestaria serviço devocional ao casal divino Sri Sri Radha-Govinda, que realizam o Seu astakaliya-lila, Seua oito eternos passatempos diários? Na realidade, as pessoas que realizam serviço devocional às margens do Radha-kunda são as mais afortunadas do universo.
Dos muitos objetos de deleite favorito e de todas as adoráveis donzelas de Vrajabhumi, Srimat Radharani é com certeza o mais precioso objeto amado de Krishna. E, sob todos os aspectos, Seu kunda divino é descrito por grandes sábios como semelhantemente querido para Ele. Sem dúvida, mesmo para grandes devotos, é muito raro alcançar Radha-kunda; portanto, é ainda mais difícil que os devotos comuns o alcancem. Se alguém se banha uma só vez nessas águas santas, seu amor puro por Krishna desperta plenamente.
segunda-feira, 9 de abril de 2007
As glórias de Tulasi
Verdades Sobre Nityananda e Advaita Acharya
domingo, 8 de abril de 2007
sábado, 7 de abril de 2007
Doçuras de Vrindávana
sexta-feira, 6 de abril de 2007
Determinação
quinta-feira, 5 de abril de 2007
Sat-cid-ananda-vigraha
Flor de luz e transcendência.
Da Tua rósea boca,
Úmida dos néctares dulcíssimos,
Plena dos odores mais sublimes?
Todo atração é o Teu corpo,
Tua fala, Tuas lilas ...
Tuas mãos, pétalas impossíveis,
Tão reais que me tocam os sonhos,
Tão reais que me afagam a alma,
Tão reais que me conduzem cego
Pelos arrabaldes entre ruínas
Desta era sem Ti,
E Tu sempre ao meu lado!
Pisa-me agora com Teus pés amorosos,
Para que eu Te sirva de escabelo.
Serei o maior dos homens
Se me calcares com Teus pés.
Lótus vivaz, Flor dos Tempos,
Eternamente puro, eternamente limpo,
Mesmo macerando-me às Tuas solas.
Amado Sentido da minha vida!
Amor que não enxergo e vejo!
Mistério sem fim e sempiterna revelação!
Amo tuas formas,
Tuas intangíveis carnes azuis,
Negras e áureas e brancas e róseas...
E das cores que fossem, serão amadas!
Teu nome toma forma em minha boca,
Danças sobre minha língua,
Envolves-me em Teus listos cabelos,
Enebrias-me em Teus encantadores odores!
Olores de vida,
Única vida que hei de amar.
Tu, minha Pessoa Eterna e Plena!
Colhe-me nos braços Teus,
De mim não te apartes,
Pois mil vezes morro sem Ti!
Doçura do Serviço Devocional
Os relacionamentos amorosos de Shri Radha e Krishna são manifestações da potência interna de prazer do Senhor. Embora Eles sejam um em identidade, Eles se separaram eternamente. Estas duas identidades transcendentais se uniram mais uma vez na forma de Shri Krishna Chaitanya. Ele Se manifestou com o sentimento e compleição de Shrimati Radharani, embora seja Ele o próprio Krishna.
Desejando compreender as glórias do amor de Radharani, Suas qualidades maravilhosas que somente Ela saboreia através de Seu amor, e a felicidade que Ela sente quando realiza a doçura de Seu amor, o Supremo Senhor Hari, enriquecido com Suas emoções, apareceu do ventre de Shrimati Shachi-devi, assim como a lua apareceu do oceano.
quarta-feira, 4 de abril de 2007
Sri Isopanisad
p/ A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada
Deus, a pessoa Suprema, é perfeito e completo. Sendo completamente perfeito, tudo que emana dEle, como, por exemplo, este mundo fenomenal, é perfeitamente equipado com como todos completos. Tudo o que é produzido pelo Todo Completo também é completo em si mesmo. Porque Ele é o Todo Completo, muito embora tantas unidades completas emanem dEle, Ele permanece o equilíbrio completo.
O Senhor controla e possui todas as coisas animadas e inanimadas que estão dentro do Universo. Portanto, todos devem aceitar apenas as coisas que lhe são necessárias, que foram reservadas como sua cota, e ninguém deve aceitar outras coisas, sabendo bem a quem pertencem.
Se alguém continua trabalhando dessa maneira, ele pode aspirar a viver por centenas de anos, pois essa classe de trabalho não o atará às leis do karma. O ser humano não tem nenhuma alternativa a este processo.
O matador da alma, não importa quem seja, tem que entrar nos planetas conhecidos como o mundo dos infiéis, cheios de ignorância e escuridão.
Embora permanente em Sua morada, Deus, a Pessoa Suprema, é mais veloz que a mente e pode ultrapassar todos os outros que correm. Os poderosos semideuses não podem aproximar-se dEle. Embora esteja em um lugar, Ele controla aqueles que provêem o ar e a chuva. Ele supera a todos em excelência.
O Senhor Supremo caminha e não caminha. Está muito distante mas também muito próximo. Está dentro de tudo, entretanto está fora de tudo.
Aquele que vê que tudo está relacionado com o Senhor Supremo, que vê que todas as entidades vivas são Suas partes integrantes, e que vê que o Senhor Supremo está dentro de tudo, não odeia nada nem ninguém.
Quem sempre vê todas as entidades vivas como centelhas espirituais, iguais ao Senhor em qualidade, torna-se o maior conhecedor das coisas. Que, pode a ilusão ou ansiedade para ele?
Essa pessoa deve realmente conhecer o maior de todos, que é não corporificado, é onisciente, irrepreensível, sem veias, puro e não contaminado, o filósofo auto-suficiente que desde tempos imemoriais vem satisfazendo o desejo de todos.
Aquele que se ocupa no cultivo de atividades ignorantes entrarão na mais escura região da ignorância. Pior ainda são aqueles que se ocupam no cultivo do pseudoconhecimento.
Os sábios explicaram que o cultivo do conhecimento dá um resultado, e o cultivo da ignorância dá outro resultado diferente.
Só aquele que pode aprender simultaneamente os processos da ignorância e do conhecimento transcendental pode transcender a influência de repetidos nascimentos e mortes e usufruir a benção completa da imortalidade.
Aqueles que se ocupam na adoração dos semideuses entram na mais escura região da ignorância, e pior ainda é o destino reservado àqueles que adoram o Absoluto impessoal.
Está declarado que se obtém um resultado adorando a suprema causa de todas as causas e outro resultado adorando o que não é supremo. Tudo isso foi falado pelas autoridades imperturbáveis, que deram sobre este assunto uma explicação clara.
É dever do homem conhecer perfeitamente a Personalidade de Deus e Seu nome transcendental, bem como a criação material temporária com seus semideuses, homens e animais temporários. Ao adquirir este conhecimento, ele supera a morte e deixa de se sujeitar à manifestação cósmica efêmera. No reino eterno de Deus, ele desfruta vida eterna, plena de bem-aventurança e conhecimento.
Ó meu Senhor, sustentador de tudo que vive, o Teu rosto verdadeiro está coberto por Tua refulgência deslumbrante. Por favor, remova esta cobertura e manifesta-Te ao Teu devoto puro.
Ó meu Senhor, filósofo primordial, mantenedor do Universo, ó princípio regulador, destino dos devotos puros, benquerente dos progenitores da humanidade, por favor, remove essa refulgência, Teus raios transcendentais, pata que eu possa ver Tua forma de bem-aventurança. O Senhor é a Suprema Personalidade de Deus eterna, parecida com o Sol, como eu.
Que este corpo seja reduzido a cinzas, e que o ar vital fique imerso na totalidade do ar. Ó meu Senhor, por favor, lembra-Te agora de todos os meus sacrifícios, e, como és o beneficiário último, por favor, lembra-Te de tudo o que fiz para Ti.
Ò meu senhor, poderoso como o fogo, ser onipotente, ofereço-Te agora todas as reverências, e no solo, caio a Teus pés. Ó meu senhor, por favor, guia-me no caminho correto, ajudando-me a alcançar-Te, e, como sabes tudo o que fiz no passado, por favor, livra-me das reações de meus pecados passados para que não venham a existir obstáculos em meu progresso.
Bondade de Gaura Nitai
Vamos, portanto, adorar os pés santificados destes dois Senhores; desta forma poderemos nos libertar de todas as dificuldades no caminho da auto-realização.