terça-feira, 24 de abril de 2007

Gita Govinda - Traduzido por Raghunatha Dasa


Quarta Canção
38
Manto de seda amarela
Cobrindo Seu dorso escuro
Colar de flores silvestres
E pingentes cintilantes
Tilintando nas bochechas
Que estão sempre sorridentes:
Ele surgiu de repente.
Ninguém pode compreender
O prodigioso mistério
Dos passatempos de Krishna
No esplendor da primavera.
Quando Hari se deleita
Com Sua côrte de Vaqueiras
Que se deleitam com Ele.
39
Uma vaqueira a Seu lado
De seios belos e fartos
Carinhosamente O abraça
E com voz aguda e linda,
Numa oitava mais acima,
Ela dobra a melodia
Que soa na flauta de Krishna
Ninguém pode compreender
O prodigioso mistério
Dos passatempos de Krishna
No esplendor da primavera.
Quando Hari se deleita
Com Sua côrte de Vaqueiras
Que se deleitam com Ele.
40
Outra tímida vaqueira
Fascinada pelos gestos
E pelo brilho do olhar
Encantador e travesso
Do matador de Madhu
Não pode desviar os olhos
Da Sua face de lótus.
Ninguém pode compreender
O prodigioso mistério
Dos passatempos de Krishna
No esplendor da primavera.
Quando Hari se deleita
Com Sua côrte de Vaqueiras
Que se deleitam com Ele.
41
Ao mesmo tempo outra Gopi
De quadris bem volumosos
Sussurrando em Seu ouvido
Algum segredo amoroso
Se inclina para beijar
Com suavidade Sua face
Que Ele oferece com graça.
Ninguém pode compreender
O prodigioso mistério
Dos passatempos de Krishna
No esplendor da primavera.
Quando Hari se deleita
Com Sua côrte de Vaqueiras
Que se deleitam com Ele.
42
Impelida pelo anseio
De se entregar totalmente
Ao seu varonil Vaqueiro
Uma Gopi joga o sari
Que lhe cobre o corpo inteiro
Sobre uma moita de juncos
Na beira do rio Jamuna.
Ninguém pode compreender
O prodigioso mistério
Dos passatempos de Krishna
No esplendor da primavera.
Quando Hari se deleita
Com Sua côrte de Vaqueiras
Que se deleitam com Ele.
43
Krishna galanteia a jovem
Que dança o rito do amor,
Ao som da divina música
Da Sua flauta de bambu,
Batendo palmas ritmadas
Com braceletes de guizos
Que tilintam como sinos.
Ninguém pode compreender
O prodigioso mistério
Dos passatempos de Krishna
No esplendor da primavera.
Quando Hari se deleita
Com Sua côrte de Vaqueiras
Que se deleitam com Ele.
44
Ele abraça uma vaqueira
Uma outra Ele acaricia
E uma terceira Ele beija
Mas Seu olhar se dirige
Para uma que lhe sorri
Enquanto isso imita os gestos
Da que lhe olha com desejo.
45
Este profundo mistério
Das brincadeiras eróticas
Nas florestas de Vrindávana
É o que canta Jayadeva.
E que para o mundo inteiro
Possa esta celebração
Espalhar a bendição.
46
Quando Ele dá vida a tudo
Trazendo o bem aos três mundos
Seus negros membros de lótus
Dão começo ao festival
Da primavera do amor
E suas vaqueiras amadas
Enlaçam-nO nos seus braços.
47
Agora o vento que vem
Dos sândalos montanheses
Sobe aos picos do himalaya
Desejando entrar na neve
Após se arrastar por meses
Sob o estômago bem quente
Das venenosas serpentes.
O som espalhafatoso
Das vozes doces dos cucos
Aumenta de intensidade
Quando espiam com alegria
Os tenros brotos nos cachos
Que estão nas pontas dos galhos
Das mangueiras carregadas.
“Krishna Alegre” é a primeira parte daCanção do Negro
Amor

Um comentário:

Anônimo disse...

intiresno muito, obrigado