quinta-feira, 19 de abril de 2007

Gitanjali 63



Tu me tornaste conhecido de amigos que eu não conhecia, deste-me assento em casas que não eram a minha, trouxeste para perto o que estava longe, e do estrangeiro fizeste para mim um irmão.
Meu coração se inquieta quando tenho que deixar meu abrigo costumeiro. Eu me esqueço de que o antigo mora dentro do novo, e que aí Tu moras também.
No nascimento e na morte, neste ou em outros mundos, e onde quer que me conduzas, Tu és sempre o mesmo, o companheiro único da minha vida sem fim. Sim, com laços de alegria Tu amarras meu coração àquilo que não conheço.
Quando alguém conhece a Ti, ninguém mais lhe é estranho, e nenhuma porta se lhe fecha. Senhor, atende a esta minha súplica: que eu jamais perca a felicidade de ver a presença do único no jogo dos muitos.
Tagore

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