quinta-feira, 5 de abril de 2007

Sat-cid-ananda-vigraha


Geraldo Cohen


Que dizer dos Teus olhos?
Flor de luz e transcendência.
Da Tua rósea boca,
Úmida dos néctares dulcíssimos,
Plena dos odores mais sublimes?
Todo atração é o Teu corpo,
Tua fala, Tuas lilas ...
Tuas mãos, pétalas impossíveis,
Tão reais que me tocam os sonhos,
Tão reais que me afagam a alma,
Tão reais que me conduzem cego
Pelos arrabaldes entre ruínas
Desta era sem Ti,
E Tu sempre ao meu lado!
Pisa-me agora com Teus pés amorosos,
Para que eu Te sirva de escabelo.
Serei o maior dos homens
Se me calcares com Teus pés.
Lótus vivaz, Flor dos Tempos,
Eternamente puro, eternamente limpo,
Mesmo macerando-me às Tuas solas.
Amado Sentido da minha vida!
Amor que não enxergo e vejo!
Mistério sem fim e sempiterna revelação!
Amo tuas formas,
Tuas intangíveis carnes azuis,
Negras e áureas e brancas e róseas...
E das cores que fossem, serão amadas!
Teu nome toma forma em minha boca,
Danças sobre minha língua,
Envolves-me em Teus listos cabelos,
Enebrias-me em Teus encantadores odores!
Olores de vida,
Única vida que hei de amar.
Tu, minha Pessoa Eterna e Plena!
Colhe-me nos braços Teus,
De mim não te apartes,
Pois mil vezes morro sem Ti!

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