Consideremos o princípio de isomorfismo, que dita que o instrumento usado para mensurar certo fenômeno deve ser apropriadamente compatível ao fenômeno. Depender unicamente dos cinco sentidos e de suas extensões mecânicas em nossa busca por Deus viola este princípio, visto que eles são capazes de perceber apenas matéria e visto que o nosso assunto é espiritual. Considerando esta limitação, é simplesmente razoável substituí-los por uma ferramenta de mensuração mais apropriada. Dogmaticamente ater-se somente aos instrumentos com os quais se está familiarizado ou com os quais se sente confortável – em face de sua óbvia impropriedade – é o sinal de um pesquisador destituído de razão, e não de um bom cientista. Como escrito décadas atrás pelo famoso químico John Platt no periódico Science:
Esteja atento ao homem de um método ou de um instrumento, seja experimental ou teorético. Ele tende a se tornar orientado pelo método ao invés de orientado pelo problema. O homem orientado pelo método está algemado; o homem orientado pelo problema está, pelo menos, ascendendo livremente em direção ao que é mais importante.
Caso queiramos pesquisar com sucesso a existência de Deus; como bons cientistas, devemos nos valer de qualquer método que melhor se adéqüe ao problema em mãos. A literatura Védica nos informa que, a fim de compreender o espírito supremo, a consciência suprema, o eu supremo, o único instrumento adequado é o nosso próprio espírito, nossa própria consciência, o nosso próprio eu. Na verdade, apenas em nossa capacidade como porções de Sua divindade podemos nos conectar com Deus.
O Uso da Consciência para a Investigação acerca de Deus
Tendo sagaciosamente escolhido a consciência como o nosso instrumento, como devemos aplicá-la? É neste ponto que a orientação das escrituras reveladas se torna crucial. Seguir as escrituras significa estudar Deus em Seus próprios termos, pois Ele é a fonte última das escrituras.
Adaptações às necessidades e demandas de um tema não é algo alheio à pesquisa sócio-científica convencional. Consentimento e acesso são da maior importância visto que os seres humanos não podem ser manipulados contra a vontade deles como se fossem meras vias de elementos químicos ou chimpanzés de laboratório. Se tais considerações são críticas para o estudo de pessoas ordinárias, não devemos nos surpreender com a constatação de que são importantes no estudo de Deus. Se queremos ser bem-sucedidos, precisamos que Ele consinta com o nosso estudo e nos permita ter acesso a Ele. Nós talvez consideremos esse posicionamento subordinado como intragável, mas devemos aceitar que estamos tentando nos encontrar com a pessoa mais ocupada, mais rica, mais poderosa e mais famosa na existência.
Pesquisadores de ciências sociais frequentemente falam de pessoas criticamente posicionadas que podem ajudá-los a fazer importantes contatos como “guarda-cancelas”. Como resultado, Deus tem seus próprios guarda-cancelas, e precisamos trabalhar com eles para obtermos uma audiência com Deus, da mesma forma com que trabalharíamos com uma hierarquia corporativa para arranjarmos um encontro com um CEO.
Para a nossa fortuna; no Bhagavad-gita, Deus apresenta elaboradamente os procedimentos pelos quais podemos ganhar acesso a Ele. Dentre esses, o mais fundamental é a necessidade de se aceitar um guru. Tal movimentação é não-científica? De forma alguma. Assim como qualquer doutorando aprende a arte de pesquisar com um orientador, o aspirante espiritual também deve receber instruções de um especialista. Qualquer pesquisador experiente, seja do espírito ou da matéria, pode transmitir técnicas e práticas melhores.
A abordagem Védica para o conhecimento de Deus viola, deste modo, a doutrina do naturalismo em sua aceitação de métodos sobrenaturais; ela é, no entanto, surpreendentemente consistente com o espírito científico, e mesmo com muitos de seus princípios essenciais. Trata-se de uma ciência aprimorada, dado que permite acesso a uma dimensão de realidade inteiramente diferente, mas de modo sistemático e passível de repetição.
E quanto ao outro impedimento do conhecimento científico convencional para o acesso a Deus, a doutrina da falsificação? Como a ciência da literatura Védica aborda essa limitação?
Esteja atento ao homem de um método ou de um instrumento, seja experimental ou teorético. Ele tende a se tornar orientado pelo método ao invés de orientado pelo problema. O homem orientado pelo método está algemado; o homem orientado pelo problema está, pelo menos, ascendendo livremente em direção ao que é mais importante.
Caso queiramos pesquisar com sucesso a existência de Deus; como bons cientistas, devemos nos valer de qualquer método que melhor se adéqüe ao problema em mãos. A literatura Védica nos informa que, a fim de compreender o espírito supremo, a consciência suprema, o eu supremo, o único instrumento adequado é o nosso próprio espírito, nossa própria consciência, o nosso próprio eu. Na verdade, apenas em nossa capacidade como porções de Sua divindade podemos nos conectar com Deus.
O Uso da Consciência para a Investigação acerca de Deus
Tendo sagaciosamente escolhido a consciência como o nosso instrumento, como devemos aplicá-la? É neste ponto que a orientação das escrituras reveladas se torna crucial. Seguir as escrituras significa estudar Deus em Seus próprios termos, pois Ele é a fonte última das escrituras.
Adaptações às necessidades e demandas de um tema não é algo alheio à pesquisa sócio-científica convencional. Consentimento e acesso são da maior importância visto que os seres humanos não podem ser manipulados contra a vontade deles como se fossem meras vias de elementos químicos ou chimpanzés de laboratório. Se tais considerações são críticas para o estudo de pessoas ordinárias, não devemos nos surpreender com a constatação de que são importantes no estudo de Deus. Se queremos ser bem-sucedidos, precisamos que Ele consinta com o nosso estudo e nos permita ter acesso a Ele. Nós talvez consideremos esse posicionamento subordinado como intragável, mas devemos aceitar que estamos tentando nos encontrar com a pessoa mais ocupada, mais rica, mais poderosa e mais famosa na existência.
Pesquisadores de ciências sociais frequentemente falam de pessoas criticamente posicionadas que podem ajudá-los a fazer importantes contatos como “guarda-cancelas”. Como resultado, Deus tem seus próprios guarda-cancelas, e precisamos trabalhar com eles para obtermos uma audiência com Deus, da mesma forma com que trabalharíamos com uma hierarquia corporativa para arranjarmos um encontro com um CEO.
Para a nossa fortuna; no Bhagavad-gita, Deus apresenta elaboradamente os procedimentos pelos quais podemos ganhar acesso a Ele. Dentre esses, o mais fundamental é a necessidade de se aceitar um guru. Tal movimentação é não-científica? De forma alguma. Assim como qualquer doutorando aprende a arte de pesquisar com um orientador, o aspirante espiritual também deve receber instruções de um especialista. Qualquer pesquisador experiente, seja do espírito ou da matéria, pode transmitir técnicas e práticas melhores.
A abordagem Védica para o conhecimento de Deus viola, deste modo, a doutrina do naturalismo em sua aceitação de métodos sobrenaturais; ela é, no entanto, surpreendentemente consistente com o espírito científico, e mesmo com muitos de seus princípios essenciais. Trata-se de uma ciência aprimorada, dado que permite acesso a uma dimensão de realidade inteiramente diferente, mas de modo sistemático e passível de repetição.
E quanto ao outro impedimento do conhecimento científico convencional para o acesso a Deus, a doutrina da falsificação? Como a ciência da literatura Védica aborda essa limitação?
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