domingo, 24 de maio de 2009

A Ciência do Conhecer Deus 3

Para apreciarmos o valor do que a literatura Védica oferece, devemos, primeiramente, compreender que o estabelecimento científico estima o naturalismo e a falsificação em virtude desses ajudarem na distinção entre ciência e pseudociência. Os pesquisadores atuais são descendentes intelectuais do Iluminismo, um movimento na Europa oitocentista que mudou a visão da humanidade dos céus para a terra e cujos proponentes estimam a razão e o progresso sobre o dogma e a tradição. Deste modo, os membros da comunidade científica constantemente buscam delimitar a ciência de sorte a explorar o mundo através da razão e do intelecto, um caminho que é aberto ao empenho e à iniciativa individuais. Em contraste, eles vigilantemente expulsam ao reino da pseudociência qualquer abordagem que vejam como dependente de emoções subjetivas ou de recepção passiva, o que, para eles, comumente inclui religiões de todo tipo. Tanto o naturalismo como a falsificação auxiliam em tal separação, daí os pesquisadores do mainstream terem aceito-os como doutrinas.
Reconhecendo que a motivação fundamentadora de sua aceitação é bona fide – distinguindo indagações disciplinadas de alegações caprichosas – uma questão crítica é se tais doutrinas são o único meio para a obtenção desse fim, inobitenível pela aplicação da sabedoria Védica. Enquanto evitando as armadilhas que o naturalismo e a falsificação apresentam, a literatura Védica nos dá um meio para obtermos o conhecimento, meio este, no entanto, rigoroso, sistemático e verificável. Na verdade, o método Védico tradicional para se conhecer a Deus – como apresentado em escrituras como o Bhagavad-gita e o Srimad-Bhagavatam – é um modelo de boa ciência, embora uma ciência adaptada de maneiras inevitáveis para o estudo do espírito.
The Science of Knowing God
por Navin Jani

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