quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Já que não se pode efetivamente impedir a mente de atuar, deve-se entender que parar com as oscilações da mente significa parar com os disparates mentais, ou com os desejos mundanos que são tecnicamente conhecidos como kama. O corpo material tem suas necessidades básicas e isto é compreensível. Mas, quando, através dos cinco sentidos, o ser corporificado se torna cada vez mais obcecado por prazer mundano, ele se torna totalmente desamparado e é arrastado pela luxúria e cobiça excessivas. Portanto, um verdadeiro se caracteriza pela sua capacidade de controlar seus sentidos, retraindo os seus sentidos dos desejos perigosos. Em relação a isto, o yogi é comparado a uma tartaruga que, ao se deparar com algum perigo, retrai-se para dentro da carapaça. O Yoga-Sutra de Pantanjali faz referência a duas condições da alma: pratyag-atma e parag-atma. Enquanto a entidade viva estiver atraída pelos objetos externos ela será classificada como parag-atma. Mas pode-se desapegar dos objetos externos praticando o processo conhecido como pranayma, quando o yogi, através de métodos mecânicos, consegue controlar as funções dos ares internos do corpo. Quando ocorre isto, os ares internos passam a agir favoravelmente e ajudam na purificação da alma. Então, o yogi alcança pratyag-atma, quando a alma consegue se afastar das atividades da matéria e alcança a iluminação no yoga. Neste estado avançado do yoga, pode-se alcançar o samadhi, quando, plenamente purificado, o yogi faz uso espiritual dos seus sentidos.

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