sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Quando a Ciência se Volta à Espiritualidade

Imagine um fazendeiro que ganha uma Mercedes Benz de presente. O único veículo que ele conheceu em toda a sua vida foi um trator, e a única função que ele conhece para os veículos é arar. Então ele engata na traseira de seu novo Mercedes um arado e começa a dirigir ao longo de suas terras. Como poderia se esperar, não só ele fracassa na sua tentativa de arar, como seu carro começa a apresentar vários problemas. Ele se torna totalmente frustrado – consigo mesmo, com seu carro e com sua fazenda.
“Ridículo”, nós diríamos sobre alguém usar uma Mercedes para arar. Mas poderia esta ser a história de nossas vidas? As escrituras Védicas – e as escrituras de todas as grandes religiões do mundo – dizem que a vida humana tem como objetivo adquirir, não prazeres materiais, mas realizações espirituais. As escrituras Védicas, com mais profundidade, explicam que o corpo humano é um veículo precioso que a alma obtém após transmigrar por 8.4 milhões de espécies. Em todos os corpos subumanos, a alma tem acesso apenas a prazeres materiais, através da satisfação das demandas do corpo de comer, dormir, acasalar e defender-se. Todo prazer material é trabalhoso para se obter. Mesmo quando obtido, ele não é satisfatório devido à limitada capacidade de o corpo desfrutar. E mesmo esse insignificante desfrute é interrompido por doenças, velhice e por fim pela morte.
Apenas no corpo humano é a alma evoluída o bastante para ter acesso a uma fonte de prazer superior – amor por Deus. As escrituras Védicas explicam que amor por Deus capacita a alma a atingir felicidade eterna no mundo espiritual, sua residência original. Atingir tal amor por Deus é o objetivo específico e exclusivo pelo qual a alma deveria usar o corpo humano.
Podemos comparar os corpos subumanos, que oferecem prazeres corpóreos fugazes, a tratores, que têm por fim arar a terra. E podemos comparar o corpo humano, que pode oferecer a alma felicidade interminável, a um fino Mercedes projetado para se passear com estilo. Usar o corpo humano para prazeres sensoriais não é muito diferente de usar um carro esportivo para arar.
Porque nós vemos a maior parte das pessoas ao redor de nós com metas matérias – sexo, riqueza, luxo, prestígio, poder, fama – nós tomamos tais metas para nós como o verdadeiro motivo da vida. Nosso comportamento, como no ditado, é de “Maria vai com as outras”. Mas o isolado fato de a maioria estar em um caminho, não faz dele correto.
Os Fatos Falam Por Si
Se uma Mercedes é usada para arar, obtém-se três coisas: um terreno estragado, um carro quebrado e um motorista frustrado. Analogamente, vamos ver o que a ciência tem descoberto sobre usar o corpo humano apenas para se obter prazer sensual. Mais especificamente, o que acontece com o meio ambiente (o terreno), com o corpo humano (o carro) e conosco mesmos (o motorista)?
O meio ambiente - O biólogo E. O. Wilson, bem como vários outros cientistas, estudou a complexa interdependência entre várias espécies na biosfera. Ele afirma que toda espécie trás alguma contribuição para o ecossistema do planeta. Por exemplo, se a vegetação diminui, os herbívoros são afetados, e então os carnívoros também são. Mas ele descobriu que uma espécie não contribui para o ecossistema – a espécie humana. Se a espécie humana se tornasse extinta, não haveria praticamente nenhum problema para nenhuma outra espécie ou para o ecossistema. De fato, a extinção do homem resolveria a maior parte dos problemas ecológicos. A espécie humana é – de forma argumentável - a mais inteligência no planeta. Normalmente quanto mais inteligente o estudante, mais positiva é sua contribuição. Assim, por que, entre todas as espécies, nossa contribuição ao ecossistema não é a mais positiva, mas a mais negativa? Poderia isso significar que nossa contribuição deva ser em um nível acima do físico?
O corpo humano - Como atividades focadas principalmente no desfrute afetam o corpo humano? Fumar trás problemas respiratórios, beber trás problemas ao fígado, comer junk food e comida não vegetariana arruína o sistema digestivo, e sexo ilícito – que é o prazer carnal mais exageradamente incentivado – trás a AIDS, uma epidemia para a qual não há solução. A mídia, sociedade e educação atuais nos doutrinaram de forma a fazer com que acreditemos ser o prazer material a meta da vida. Será que não estaríamos terrivelmente confusos ao utilizar o corpo humano em atividades para as quais ele não foi feito?
Nós mesmos - E quanto aos efeitos sobre nós mesmos? Cientistas continuam engatinhando no conhecimento acerca do que é o eu. Mas uma coisa é certa: quanto mais à sociedade moderna negligencia ou rejeita o desenvolvimento espiritual, em mais problemas se enreda o eu. Nossos crescentes problemas psicológicos tornam isso evidente.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que as doenças psicológicas – stress, depressão, vícios, problemas psicossomáticos – serão o maior problema de saúde no século atual. Ainda pior, as estatísticas da OMS mostram que mais de um milhão de pessoas cometem suicídio anualmente. O que é maior que o numero mortes anuais por crimes e guerras combinados. E este número é a apenas o número de suicídios reportados.
Doenças psicológicas e suicídios têm muitas causas. Mas a origem mais comum para ambos é a frustração de não conseguir obter uma meta estabelecida, seja lá qual for. Quando essa frustração alcança um nível elevado de sofrimento e ansiedade, a pessoas sente sua existência como uma grande agonia; e o fim da própria existência parece ser a única solução. O que acontece para que nós, humanos modernos, os mais inteligentes entre todas as espécies, sejamos a única espécie cujos membros cometem suicídio em números tão alarmantes? A OMS chama o suicídio de “um trágico problema de saúde social” e afirma não haver cura comprovada para ele. Será que as metas que a sociedade traça para nós são incompatíveis para conosco e invocam a frustração que nos direciona a problemas psicológicos, tendo como fim derradeiro o suicídio?
Só Acredita Vendo?
Como canalizar a energia humana para a elevação spiritual afeta o ecossistema, a saúde humana e o eu? Vejamos o que diz a ciência.
Ecologia - A maior parte dos problemas ecológicos surgiu do materialismo e do consumismo que acompanham o decline da espiritualidade e sua inerente auto-restrição. Por conseguinte, a citação que segue de Alan Durning, do instituto World Watch, representa o que muitos cientistas consideram como sendo a única esperança para salvar o meio ambiente: “Em uma frágil biosfera, o destino último da humanidade depende da possibilidade de cultivarmos um profundo senso de auto-restrição, que precisaria ser amplamente difundido por uma ética que limitasse o consumismo e incentivasse a busca por enriquecimento não material”. Todas as formas de enriquecimento não material – oração, yoga, meditação, cantar dos santos nomes – claramente apontam a uma dimensão espiritual de vida. E tal dimensão espiritual é explicada da forma mais compreensível nas escrituras Védicas. De fato, o Vedanta-sutra começa com uma invocação clara e direta: athato brahma jijñasa. “Agora, portanto, [agora que você tem um corpo humano], devote-se a inquirir sobre tópicos espirituais”. (Vedanta-sutra 1.1)
Saúde humana - A atual epidemia da natalidade descontrolada mostra que as injunções das escrituras relacionadas à auto-restrição – sobriedade (não intoxicação) e castidade (não sexo ilícito), por exemplo – têm sua função, também, como auxiliadores da saúde pública. Herbert Benson da Escola de Medicina Harvard, citando sua extensa pesquisa sobre os benefícios físicos e mentais da vida espiritual, afirma que o corpo e a mente humanos estão “ligados a Deus”. Também em Reader’s Digest (Janeiro de 2001), foi publicada uma pesquisa que afirma que as pessoas que acreditam em Deus vivem em média onze anos a mais do que aquelas que não acreditam.
O eu - E quanto ao eu? A ciência fez uma preciosa descoberta: espiritualidade é certamente um afago para o eu. Pesquisas e mais pesquisar têm demonstrado que práticas espirituais afastam as pessoas de hábitos e comportamentos auto-destrutivos. Patrick Glynn da Universidade George Washington escreveu em seu livro Deus: A Evidência que pesquisas mostram que aqueles que não freqüentam grupos de oração são quatro vezes mais propensos a cometer suicídio do que aqueles que o fazem.
E mais. Uma pessoa parar de freqüentar tais reuniões foi descoberto como o melhor indício de que tal pessoa suicidará, até mesmo mais preciso do que o desemprego. Essas descobertas indicam que a espiritualidade trás prazer interior, que liberta as pessoas do insaciável e incontrolável desejo por prazeres externos que levam as pessoas a vícios e a suicídio posteriormente. Tais descobertas inspiraram alguns pensadores modernos a concluírem o que os Vedas concluem: que a espiritualidade não é parte de nossa vida, mas a essência de nossa vida. Stephen Covey, famoso autor da série Sete Hábitos das Pessoas Eficazes, apropriadamente elucida: “Não somos seres humanos em uma jornada espiritual. Somos seres espirituais em uma jornada humana”.
O que Estamos Esperando?
A ciência está claramente mostrando que a vida humana, quando usada para o desfrute material, é ecológica, física e espiritualmente desarmoniosa, desastrosa. A ciência também está indicando com muita ênfase que quando nos esforçamos em buscar a felicidade espiritual, nós beneficiamos nosso planeta e nosso corpo também. As escrituras védicas nos oferecem um balanceado programa de regulação material e crescimento espiritual para que alcancemos o mais alto potencial da vida humana. O Bhagavad-gita (6.17) afirma que ser regulado quanto a comer, dormir, trabalhar e divertir-se, acompanhado com as práticas espirituais, pavimentam o caminho para a liberação de todas as misérias materiais. A mais prática e poderosa prática espiritual para a atual era moderna é o cantar do Maha-mantra Hare Krsna. Por se cantar, podemos alcançar um estado de felicidade que irá nos satisfazer plenamente, e nós não ficaremos perturbados por situação material, nem mesmo pela mais caótica das situações materiais. (Bhagavad-gita 6.22)
É hora de parar de usar a Mercedes para arar. Está na hora de colocar nosso veículo humano na marcha do cantar de Hare Krsna. Assim poderemos acelerar pela auto-estrada do serviço devocional, de volta a nossa morada há muito esquecida, junto a Krsna. De volta ao lar, de volta ao Supremo.


Por Caitanya Carana dasa
Volta ao Supremo [Back to Godhead] – Vol. 41, No 3 • Maio / Junho 2007
Tradução por Bhagavan dasa (DvS)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010



Que vc seja muito feliz no ano novo, tenha muita paz, saúde, fé e realizações, é o que, sinceramente desejo.

B o a s F e s t a s!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010


Platão estudou os Vedas, através dele muitos conheceram a alegoria da caverna, o mundo das idéias e das sombras. Este mundo não é real, e como ele, também não são as dores, alegrias, e tudo mais que aqui vivemos. No entanto, estamos aqui e devemos nos ocupar na busca pela auto-realização, único caminho possível para r...etornarmos ao mundo "das idéias", à felicidade eterna, ao prazer eterno, ..., à VERDADE. Tolos são aqueles que passam por aqui como senhores absolutos das suas verdades, e assim não percebem a impermanência do ser e do ter, não se preocupam com as suas ações, uma vez que desconhecem a lei do karma ( para cada ação, reações contrárias de igual valor ), e, portanto, não exitam em enganar, roubar, tripudiar, ..., matar o outro, pois acreditam apenas na lei dos homens: falha, imprevisível, incoerente e vil, assim como as "sombras". KM

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A dor que nos leva a entender quem somos

Muitas vezes demoramos em compreender algo que está bem na frente de nosso nariz. Realmente a poeira que encobre nosso coração é muito densa nesse mundo e nessa Era, tal como o sábio Sri Krishna Caitanya Mahaprabhu afirma em seus escritos chamados Sri Sikshastakam.
O maior sofrimento de uma pessoa vem do fato de ela não entender na prática o que significa ser um Dasa (servo) de Deus. Krishna diz no Bhagavad-gita, “Eu sou o desfrutador de todos os sacrifícios”, mas ainda assim, procuramos sempre estar satisfeitos com tudo e nos sentimos extremamente frustrados quando nos encontramos em situações desagradáveis.
Embora tudo seja tão claro e até, por que não dizer, palpável, somos tão mesquinhos que não conseguimos entender o que devemos fazer. Continuamos assim, a busca desenfreada pela “nossa” satisfação pessoal, num mundo todo errado e de uma forma toda errada. A vida é muito simples, o amor a Deus é muito simples, somos seres simples por natureza e não queremos aceitar essa simplicidade porque pode parecer muito pequeno diante da grandiosidade da qual pensamos e acreditamos ser.
Os momentos de aflição, dor, frustração e decepção, são aqueles que mais nos proporcionam chances reais de crescimento humano. Crescimento humano aqui deve ser entendido como crescimento espiritual, mental e intelectual. Confesso que ao escrever esse pequeno tratado, me encontrava numa situação de muita frustração e prestes a entrar numa desagradável depressão, porém, por uma misericórdia do Guru e de Jagannatha, pude transpor isso para o papel, para tentar ajudar alguém, e porque não, para me desalojar de tal situação ajudando a mim mesmo.
O fato de acharmos que devemos ser notados e que todo mundo deve estar sempre preparado a nos dar atenção, é uma grande armadilha de Maya. Facilmente somos levados a abandonar nossos valores, nossa vida, nossos amores, nossa religião, nossa realidade e abraçar algo inexistente, o vazio, estar sujeitos ao que o destino quiser. Mas o problema é que esse destino tende a ser cruel, inauspicioso e confuso.
Sem dúvida é difícil assumir essa posição de “alma pequena”, de servo, de reconhecer que não somos os controladores de tudo. Dói ver que não podemos controlar. Imediatamente a sensação é de que tudo irá desandar como um carro que está em alta velocidade e você não consegue dirigi-lo, tudo pode acontecer. Mas através da dor e das situações desagradáveis podemos ter a única possibilidade de crescimento, geralmente por nos encontrarmos em tal situação de sensibilidade necessária para compreender certas regras da vida humana. Mas o falso-ego é tão grande! Como lidar com esse ego falso, com esse “eu” que não sou? Pois se acaso chegarmos a uma situação de evolução intelectual e espiritual de podermos adquirir naturalmente essa sensibilidade natural, poderemos simplesmente nos situar em felicidade constante, em bem-aventurança, em auto-satisfação, pois compreenderemos as coisas sem que para isso necessitemos passar por uma situação desagradável, e mesmo se essa vier, a ultrapassaremos com grande facilidade e equanimidade.
Krishna, a Suprema Personalidade de Deus, é o Controlador Supremo, como se diz no Brahma-samhita 5.1, e a compreensão que o objetivo último é a satisfação d´Ele, ajuda nesse processo de aceitação de nossa posição subordinada. É claro, para os “libertários”, pseudo-anarquistas e revolucionários de plantão, isso soa como um belo absurdo neurótico. Mas onde está a felicidade deles? No sexo irrestrito? No acúmulo de bens materiais? Família? Muitos amigos que pensam como você? No decorrer de uma vida “sem destino”? Na idéia ilusória de que “não seguimos nenhuma ordem nem lei”? Isso é liberdade? Como se pode pensar que se tem alguma liberdade quando nem se sabe o que acontecerá amanhã? Essa suposta liberdade vem da prisão a que nos sujeitam à natureza material, presos no mundo material, sujeitos, quer queiram quer não, á doença, velhice, morte, decepções, frustrações, tristezas constantes. Mas se alguém disser que a vida vale á pena assim, dessa forma mesmo, com essas causas “naturais”, que assim é mais interessante e divertido, então porque essas mesmas pessoas reclamam tanto? Sofrem tanto nessas situações, sem saber o que fazer ou como tudo aconteceu? Porque não são absolutamente equânimes diante da tristeza ou da felicidade como Krishna afirma no Bhagavad-gita que um sábio deve ser, sempre equânime diante dessas tribulações da vida, que vem e vão como as estações do verão e inverno e que surgem unicamente da percepção sensorial? Onde está a liberdade ou o controle? Cadê a felicidade? Krishna diz que sem paz não há felicidade, e isso é fato.
A questão aqui é: será que somos uma dessas pessoas acima citadas? Será? Ou não queremos ver? O que você acha? Ou pensa que acha?
Numa situação de sempre pensarmos que somos os reis, os controladores, é que podemos tirar conclusões e chegar a veredictos, como se nossa vida fosse um eterno tribunal e nós próprios os verdadeiros e autorizados juizes supremos. Mas não somos.
Krishna é o juiz e nós os réus culpados que estamos nessa prisão material pagando pelo erro de termos desejado ser os senhores de tudo, sendo que jamais o seremos. Deixamos de lado a vida de eterna sabedoria, bem-aventurança e felicidade num local lindo, perfeito e ideal, o Supremo real e eterno, para pousarmos num mundo avesso a tudo que nosso ser deseja realmente, por isso a confusão. Só podemos assumir verdadeira felicidade quando reconhecermos e humildemente aceitarmos nossa verdadeira posição, de servos do Senhor Supremo. Por satisfazê-lO, podemos estar satisfeito naturalmente.
A ternura verdadeira vem daquele que tudo provem, não daquele que provem o passageiro, o ilusório, o inacabado e sem-destino.
Por Gourasundar das

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Já que não se pode efetivamente impedir a mente de atuar, deve-se entender que parar com as oscilações da mente significa parar com os disparates mentais, ou com os desejos mundanos que são tecnicamente conhecidos como kama. O corpo material tem suas necessidades básicas e isto é compreensível. Mas, quando, através dos cinco sentidos, o ser corporificado se torna cada vez mais obcecado por prazer mundano, ele se torna totalmente desamparado e é arrastado pela luxúria e cobiça excessivas. Portanto, um verdadeiro se caracteriza pela sua capacidade de controlar seus sentidos, retraindo os seus sentidos dos desejos perigosos. Em relação a isto, o yogi é comparado a uma tartaruga que, ao se deparar com algum perigo, retrai-se para dentro da carapaça. O Yoga-Sutra de Pantanjali faz referência a duas condições da alma: pratyag-atma e parag-atma. Enquanto a entidade viva estiver atraída pelos objetos externos ela será classificada como parag-atma. Mas pode-se desapegar dos objetos externos praticando o processo conhecido como pranayma, quando o yogi, através de métodos mecânicos, consegue controlar as funções dos ares internos do corpo. Quando ocorre isto, os ares internos passam a agir favoravelmente e ajudam na purificação da alma. Então, o yogi alcança pratyag-atma, quando a alma consegue se afastar das atividades da matéria e alcança a iluminação no yoga. Neste estado avançado do yoga, pode-se alcançar o samadhi, quando, plenamente purificado, o yogi faz uso espiritual dos seus sentidos.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Religiosidade Enganosa

A escuridão da ignorância é o caminho do engano que começa com religiosidade, desenvolvimento econômico, gratificação dos sentidos e liberação.
A distinção entre a religião real e pretensiosa deve ser revelada. Há inúmeras “fés” pretensiosas que passam como religião, mas negligenciam a essência real da religião. A verdadeira religião da entidade viva a desperta para o serviço amoroso a Deus, enquanto que uma religião pretensiosa encobre a entidade viva deixando-a coberta por camadas de ignorância. A verdadeira religião fica encoberta quando a religião artificial domina a entidade viva.
A forma verdadeira de religião é o serviço espontâneo amoroso a Deus. O relacionamento de serviço da entidade viva com a Personalidade de Deus Absoluta é eterno.
Pelo contato com a natureza material as entidades vivas exibem sintomas de variadas enfermidades de consciência material. Curar esta enfermidade material é o objeto supremo da vida humana. A religião real cura esta doença.
O processo principal de enganação é desejar alcançar liberação por fundir-se no Supremo, pois além de causar o desaparecimento do serviço amoroso à Krishna, é o tipo mais sutil de ateísmo. O desejo por liberação deve ser rejeitado completamente.
Pela graça do Senhor Chaitanya e Senhor Nityananda esta escuridão da ignorância é removida e a verdade é manifesta.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010



O esplendor do Sol, que dissipa a escuridão de todo esse mundo, vem de Mim. E o esplendor da Lua e o esplendor do fogo também vêm de Mim.

Os ininteligentes não podem compreender como as coisas acontecem. Mas pode-se chegar ao conhecimento por compreender o que o Senhor explica aqui. Todos vêem o Sol, a Lua, o fogo e a eletricidade. Tudo o que se precisa fazer é tentar compreender que o esplendor do Sol, o esplendor da Lua e o esplendor da eletricidade ou do fogo vêm da Suprema Personalidade de Deus. Nesse conceito de vida, passando a desenvolver consciência de Krishna, a alma condicionada empreende um grande avanço neste mundo material. As entidades vivas são, em essência, partes integrantes do Senhor Supremo, que aqui dá a dica de como elas podem retornar ao Supremo, retornar ao lar.
Por meio deste verso podemos compreender que o Sol ilumina todo o sistema solar. Há diferentes universos e sistemas solares, e há diferentes sóis, luas e planetas também, mas em cada Universo há apenas um Sol. Como se afirma no Bhagavad-gita (10.21), a lua é uma das estrelas. A luz do Sol se deve à refulgência espiritual que emana do Senhor Supremo no céu espiritual. Com o nascer do Sol, começam as atividades diárias dos seres humanos. Eles acendem o fogo para preparar seu alimento, acendem o fogo para pôr as fábricas em funcionamento, etc. Há tantas coisas que são feitas com a ajuda do fogo. Por isso, o nascer do Sol, o fogo e o luar são muito agradáveis às entidades vivas. Sem a ajuda deles, nenhuma entidade viva pode viver. Logo, se alguém puder compreender que a luz e o esplendor do Sol, da Lua e do fogo emanam da Suprema Personalidade de Deus, Krishna, então ele passará a desenvolver sua consciência de Krishna. Com o luar, todos os vegetais são nutridos. O luar é tão agradável que todos podem compreender facilmente que estão vivendo pela misericórdia da Suprema Personalidade de Deus, Krishna. Sem Sua misericórdia, não pode haver Sol; sem Sua misericórdia, não pode haver Lua; e sem Sua misericórdia, não pode haver fogo; e sem a ajuda do Sol, da Lua e do fogo, ninguém pode viver. Estas são algumas reflexões que ajudam a alma condicionada a despertar para a consciência de Krishna.


Bhagavad Gita 15.12

terça-feira, 7 de dezembro de 2010


O Senhor Krishna diz no Bhagavad-gita:

“Eu sou a meta, o sustentador, o senhor, a testemunha, a morada, o refugio e o amigo mais querido. Sou a criação e a aniquilação, a base de tudo, o lugar onde se descansa e a semente eterna.” Bg 9.18

Nesta existência material temos muitas e muitas metas. E todas elas visando o gozo dos sentidos materiais. Sempre buscamos por algo para poder satisfazer nossos sentidos insaciáveis. Porém, porque nossa meta última não é o Senhor Supremo, nossa busca pela satisfação encontra somente frustração. Estamos mastigando o mastigado. Depois de espremer todo o suco de uma fruta como poderemos saboreá-la? Estamos uma que outra vez buscando satisfação em algo que é ilusório e comparado a uma miragem. Quando nossos sentidos repousarem na Meta Suprema então sentiremos satisfação plena, pois Ele é o sustentador de tudo o que existe e tudo repousa n’Ele. É como uma criança que chora e é colocada nos colos de diferentes mães, porém, quando a criança é colocada no colo de sua mãe ela sentirá segurança e conforto. O Senhor Supremo é a testemunha de tudo e todos. Ele está presente em nossos corações, e d’Ele vem a lembrança, o conhecimento e o esquecimento. Sendo o testemunho dentro de nossos corações Ele possibilita a satisfação de nossos desejos. Enquanto tivermos desejos materiais Ele nos dirigirá para que possamos desfrutar com nossos sentidos materiais. Mas, tão logo Ele veja que desejamos servi-Lo e amá-Lo, Ele facilitará nossa existência para que possamos servi-Lo. Ele é nosso amigo mais querido, pois Ele sempre nos acompanha em nossa caminhada.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010


A Suprema Personalidade de Deus não está preocupado se nós acreditamos, ou não, na Sua existência, Ele simplesmente existe e se apresenta cortês aos que O buscam com sinceridade e respeito. E Ele nos respeita tanto, que se permite ficar ausente das nossas vidas, se assim desejamos, nos deixando livres para vivermos a ilusão da Sua ausência. Quem, no entanto, busca servi-lO, com pureza, verdade e dedicação, desperta a sua verdadeira essência, descobre o amor original, a fonte de todo prazer; vive em harmonia consigo, com a Sua criação e criaturas. Somente aqueles que tenham tido contato, pelo menos uma vez, com Krishna, O amarão para sempre. KM

domingo, 5 de dezembro de 2010



O Festival da Índia é um projeto cultural itinerante que tem como objetivo central levar à população os diferentes aspectos da milenar cultura da Índia, como yoga, dança, música, literatura, astrologia védica, medicina ayurvédica, culinária.

http://www.festivaldaindia.com.br/
"Uma dose de solidão estimula a reflexão, mas a solidão radical estimula a depressão".