Aparentemente, escrever sobre Deus é a última moda entre os cientistas, tanto teístas como ateístas. Muitos de tais autores também foram convidados a palestrar a multidões em faculdades, e eles causam considerável alvoroço. Seria esta, contudo, a melhor maneira de se abordar a questão acerca da existência de Deus? A ciência convencional, particularmente suas formas “rígidas”, como a Física e a Biologia, não parece oferecer a instrumentária e técnicas apropriadas com as quais se chegar a uma resposta definitiva. Por outro lado, muitas abordagens religiosas parecem impedir a aplicação rigorosa da razão e a oportunidade para experimentação individual. Entre essas duas alternativas menos do que satisfatórias, a literatura Védica da Índia antiga oferece o que poderia ser uma promissora terceira opção. Para nos convencer de que tal opção é de fato promissora, teremos, primeiramente, de analisar por que a ciência convencional não dá conta do serviço; seguiremos, então, em frente para compreender como a ciência espiritual da literatura Védica é bem-sucedida em tal tarefa sem comprometer o que as pessoas modernas gostam na ciência.
Duas doutrinas cardinais apresentam grandes obstáculos para a ciência convencional como um meio para se conhecer Deus. A primeira é a doutrina do naturalismo, a suposição de que todo fenômeno natural possui causas naturais. (Natural, neste contexto, significa empiricamente observável, ou perceptível através dos cinco sentidos). Esta é uma suposição fundamental da pesquisa científica, e sua aceitação descarta efetivamente qualquer realidade além do alcance dos sentidos.
Tendo dito isto, há interpretações, de certa forma, mais leves dessa doutrina. Alguns cientistas distinguem entre naturalismo metafísico e metodológico. Naturalismo metafísico é a visão descrita acima de que, por trás de tudo no mundo, há uma causa empírica. De acordo com essa visão, o sol nasce em virtude da rotação da Terra, e certamente não em conseqüência de ser puxado por uma entidade imperceptível conduzindo uma quadriga dourada. O naturalismo metodológico, contudo, apenas limita o modo com que estudamos o mundo a observações empíricas (o que podemos tocar, ver, sentir e assim por diante), sem necessariamente desconsiderar explicações sobrenaturais para essas observações. Segundo essa visão, uma quadriga poderia possivelmente puxar o sol, mas o único modo para testar essa proposição seria usar telescópios e instrumentos similares. Assim, fenômenos sobrenaturais talvez existam, mas meios sobrenaturais não são permitidos como forma de verificá-los. Embora essa perspectiva seja mais acomodatícia, veremos a seguir que ainda é desnecessariamente restritiva para uma pessoa seriamente comprometida com a investigação da existência de Deus.
O segundo obstáculo é a doutrina da falsificação. Popularizada pelo filósofo da ciência Karl Popper, esta doutrina defende que, para uma declaração ser considerada científica, alguém deve ser capaz de provar que ela é falsa. Em outras palavras, se o cientista A faz alguma alegação, mas não há como o cientista B demonstrar que tal alegação é falsa, então a alegação é considerada não-científica. Se ela não pode ser testada, ela é desconsiderada. Uma conseqüência interessante de se aceitar tal critério para a ciência, conseqüência esta que exploraremos de modo mais completo posteriormente, é que se torna impossível provar algo. A pessoa pode apenas desprovar. Este é, no entanto, o funcionamento da ciência sob a doutrina da falsificação. A ciência aceita uma teoria se ela pode ser usada de forma a explicar e previr fidedignamente um fenômeno natural e se nenhum dado a contradiga. Se a teoria é refutada em algum ponto, então outra teoria é aceita, e, assim, o ciclo continua. Embora o conhecimento mercurial produzido de tal abordagem possa ser aceito para outros propósitos, ele não é uma base apropriada para a compreensão de Deus.
Duas doutrinas cardinais apresentam grandes obstáculos para a ciência convencional como um meio para se conhecer Deus. A primeira é a doutrina do naturalismo, a suposição de que todo fenômeno natural possui causas naturais. (Natural, neste contexto, significa empiricamente observável, ou perceptível através dos cinco sentidos). Esta é uma suposição fundamental da pesquisa científica, e sua aceitação descarta efetivamente qualquer realidade além do alcance dos sentidos.
Tendo dito isto, há interpretações, de certa forma, mais leves dessa doutrina. Alguns cientistas distinguem entre naturalismo metafísico e metodológico. Naturalismo metafísico é a visão descrita acima de que, por trás de tudo no mundo, há uma causa empírica. De acordo com essa visão, o sol nasce em virtude da rotação da Terra, e certamente não em conseqüência de ser puxado por uma entidade imperceptível conduzindo uma quadriga dourada. O naturalismo metodológico, contudo, apenas limita o modo com que estudamos o mundo a observações empíricas (o que podemos tocar, ver, sentir e assim por diante), sem necessariamente desconsiderar explicações sobrenaturais para essas observações. Segundo essa visão, uma quadriga poderia possivelmente puxar o sol, mas o único modo para testar essa proposição seria usar telescópios e instrumentos similares. Assim, fenômenos sobrenaturais talvez existam, mas meios sobrenaturais não são permitidos como forma de verificá-los. Embora essa perspectiva seja mais acomodatícia, veremos a seguir que ainda é desnecessariamente restritiva para uma pessoa seriamente comprometida com a investigação da existência de Deus.
O segundo obstáculo é a doutrina da falsificação. Popularizada pelo filósofo da ciência Karl Popper, esta doutrina defende que, para uma declaração ser considerada científica, alguém deve ser capaz de provar que ela é falsa. Em outras palavras, se o cientista A faz alguma alegação, mas não há como o cientista B demonstrar que tal alegação é falsa, então a alegação é considerada não-científica. Se ela não pode ser testada, ela é desconsiderada. Uma conseqüência interessante de se aceitar tal critério para a ciência, conseqüência esta que exploraremos de modo mais completo posteriormente, é que se torna impossível provar algo. A pessoa pode apenas desprovar. Este é, no entanto, o funcionamento da ciência sob a doutrina da falsificação. A ciência aceita uma teoria se ela pode ser usada de forma a explicar e previr fidedignamente um fenômeno natural e se nenhum dado a contradiga. Se a teoria é refutada em algum ponto, então outra teoria é aceita, e, assim, o ciclo continua. Embora o conhecimento mercurial produzido de tal abordagem possa ser aceito para outros propósitos, ele não é uma base apropriada para a compreensão de Deus.
The Science of Knowing God
por Navin Jani
por Navin Jani
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