sexta-feira, 15 de maio de 2009


Tecnologia não é liberdade. Na verdade, é um caminho livre pro inferno. Isso não é liberdade. Todos devem estar engajados em trabalho de acordo com sua habilidade. Se você tem uma inteligência boa, você pode fazer o trabalho de um brahmana – estudando as escrituras e escrevendo livros, dando conhecimento aos outros. Esse é o trabalho do brahmana. Você não precisa se incomodar com sua subsistência. A sociedade irá suprir isso. Na civilização Védica os brahmanas não trabalhavam por um salário. Eles eram ocupados estudando a literatura Védica e ensinando outros, e a sociedade lhes dava comida. Assim para os kshatriyas, eles devem dar proteção aos outros membros da sociedade. Lá haverá perigo, haverá ataque, e os kshatriyas devem proteger as pessoas. Por essa razão eles devem coletar impostos. Então, aqueles que são menos inteligentes do que os kshatriyas são vaishyas, a comunidade mercantil, que estão engajados em produzir comida e dar proteção às vacas. Essas coisas são requeridas. E finalmente há os shudras, que ajudam as três classes superiores. Essa é a divisão natural da sociedade, e é muito bom, porque foi criada pelo próprio Krishna (catur-varnyam maya srstam). Todos estão empregados. A classe inteligente está empregada, a classe marcial está empregada, a classe mercantil está empregada, e o resto, os shudras, também estão empregados. Não há necessidade de formar partidos políticos e brigas. Nos tempos Védicos não existia tal tipo de coisa. O rei era o supervisor que via se todos estavam engajados em suas respectivas ocupações. Então as pessoas não tinham tempo de formar falsos partidos políticos e fazer agitações e brigar uns com os outros. Não havia nenhuma chance. Mas o início de tudo é compreender, “eu não sou este corpo”, e isso é enfatizado de novo e de novo por Krishna no Bhagavad-gita.
Originalmente publicado na revista Back to Godhead,
Maio/junho 2009

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