segunda-feira, 13 de outubro de 2008



O corpo é simplesmente a vestimenta da alma. Ou seja, é a alma que possui um corpo e não o contrário disto. Portanto, não há verdadeiro sentido quando alguém diz “minha alma”. Logicamente, pode-se aceitar como uma simples força de expressão, mas, filosoficamente, isto não pode ser aceito, já que a pessoa é a alma e tem um corpo. Esta é a compreensão filosófica básica para a prática de qualquer sistema de yoga. Entretanto, embora seja uma alma, ou consciência, no presente momento, neste mundo todos estão sob a influência do corpo e, assim, apresentam alterações na consciência. Por este motivo, é freqüente encontrarmos na Gita a palavra dehinah, que pode se traduzida como “alma corporificada”. O corpo é expresso pela palavra dehe, e a alma pelas palavras atma e jiva. Então, quando a Gita menciona deheinah, é como se fosse um alerta: “Calma, embora sejas a alma, agora és uma alma corporificada e tens de saber lidar muito bem com isto”. Ou seja, ninguém deve ser esquecer do corpo, deixando de tratá-lo adequadamente. Por outro lado, como a pessoa não é o corpo, ela não deve viver em função unicamente dele. Podemos dizer que, de um modo geral, esta presa dentro de um corpo é um enorme problema para a alma. Mas, na verdade, o verdadeiro problema não é ter um corpo, mas, sim como utilizá-lo!

p/ Chandramukha Swami

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