quarta-feira, 15 de outubro de 2008


Na verdade, enquanto estiver cativada pela natureza material, a entidade viva (alma) terá que continuar transmigrando de um corpo para outro. Dependendo do tipo de desejo desenvolvido, ela será colocada em diferentes circunstâncias – nascendo às vezes como um semideus em planetas superiores; às vezes como um ser humano na Terra ou em planetas intermediários similares; e às vezes nascerá em planetas inferiores ou no reino animal. Embora, todas estas circunstâncias sejam desagradáveis, a entidade viva (alma) tem dificuldade em reconhecer isto, pois está longe de seu estado original de consciência. Enquanto está neste mundo, a entidade viva permanece em crie de sua auto-identidade já que a cada nova vida ele recebe um corpo novo e, devido à identificação com este corpo específico, desenvolve um tipo de mentalidade temporária. Um yogi deve, portanto, procurar se livrar da identificação corpórea, pois esta identificação produz uma enorme variedade de concepções errôneas. O Brhad-aranyaka Upanishad afirma que se deve meditar da seguinte maneira: aham bramasmi, “Eu sou espírito”. Brahman significa espírito. A vida espiritual começa dessa maneira: “Eu sou espiritual”. Mas, quem acredita que é o corpo material vive em consciência corpórea e toda a sua vida e funções estarão centralizadas no seu corpo. Portanto, esta concepção espiritual ahan brahmasmi é o alicerce básico da filosofia do yoga, como se confirma na Bhagavad-Gita: Quando um homem sensato pára de ver identidades diferentes (que se deve a corpos materiais diferentes), ele alcança a visão Brahman e passa a ver que os seres vivos se expandem em toda parte. Dotado desta visão espiritual, ele entende que a alma é imperceptível e transcendental e que, apesar de estar dentro de um corpo, a lama nada faz. BG 13.31-32

p/ Chandramukha Swami

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