quinta-feira, 7 de agosto de 2008


"Muitos de nós estamos familiarizados com os antigos pregadores do fogo-e-enxofre que estão eternamente prevendo o escaldante fim de uma vida pecaminosa. Eles advertem que os pecadores irão queimar para sempre em uma existência escura e infernal. Essa concepção pode levar à relutância em adorar um Deus que se propõe a lançar seus filhos, partes dEle mesmo, em uma fornalha terrível pela eternidade. Castigo, por definição, é uma forma de retificação, não de aniquilação. Nós condenaríamos quaisquer pais na sociedade que tratassem sua prole de maneira tão cruel a matá-los por um pequeno, ou mesmo por um grande erro. Por que então nós aceitamos uma visão tão cruel do Deus do amor, sem contestarmos? Dada a natureza amorosa de Deus, o conceito de um inferno no qual queimamos eternamente não pode ser real. Isto é verdade mesmo se dissermos que o inferno é controlado pelo Diabo. Seria o Diabo mais poderoso que Deus, de forma que Deus não possa se conectar novamente com uma alma que esteja no inferno? O conceito de inferno é mais complexo do que normalmente se lida com ele. Ele se baseia em castigo de acordo com as necessidades de cada indivíduo.

É importante compreender o inferno para que a pessoa esteja equipada com conhecimento para se afastar dele o máximo possível. Pode-se dar encorajamento positivo a uma criança mostrando a ela coisas positivas. Mesmo assim, uma compreensão do que pode acontecer caso ela se aproxime do negativo pode levar a uma ação mais focada e premeditada. Conhecimento sobre os planetas infernais pode trazer à tona um medo necessário para que a pessoa permaneça fortificada e focada no Divino.

Há centenas e milhares de planetas infernais que a alma pode ter de visitar. Apesar de serem reais em um sentido, sua existência é baseada na consciência da pessoa. O inferno é, na realidade, um conceito mental e é experimentado de acordo com diversas variáveis. A experiência é baseada na cultura, religião, compreensão e consciência da pessoa. "

Bhakti Tirtha Swami

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