Yoga significa "conectar", "ligar", etc. Bhakti é um termo que, na verdade, não tem pura tradução para o português, mas que Sua Divina Graça Swami Prabhupada, fundador-acharya da ISKCON, traduziu como "serviço devocional". Pode ser também entendido como "amor divino". A idéia é que o amor verdadeiro impreterivelmente leva a pessoa a prestar ou a desejar prestar serviço ao objeto de amor. Uma mãe ama seu filho e portanto o serve de tantas maneiras, muitas vezes se sacrificando, mas faz isso por amor, com um prazer muito superior àquilo que ela sentiria se estivesse ativamente tentando apenas se satisfazer de forma egoísta. Esse tipo de serviço fruto do amor em relação a Deus é que Prabhupada chamou de "serviço devocional". Ou seja, é aquele ato que lhe conecta com Deus com base em seu relacionamento natural, original ao nosso ser, de amor por Ele. Amor é privilégio da alma, não do corpo e mente, e a alma não pode se satisfazer com a natureza limitada das emoções e prazeres mundanos.
Quando chegamos nos níveis mais elevados, tendo nos livrado da "poeira" em nosso coração fruto dos desejos egoístas e materiais, podemos compreender a natureza específica de nosso verdadeiro relacionamento (tecnicamente chamado de rasa, que significa gosto ou sabor em sânscrito) com Deus, cujas principais categorias são de admiração neutra, serviçal, amigável, parental e conjugal. Existem outros tipos de relacionamento, mas esses são os cinco principais. Porém, não importa que tipo de relacionamento temos com Deus, ou mesmo em que estágio de nossa jornada de volta a esse estado original estamos, o fato é que todos temos um relacionamento amoroso com Ele.
Acontece que agora estamos num estado esquecido e confuso, exatamente como uma pessoa adormecida que, durante seu sonho, esquece de quem realmente é, onde está, etc. Bhakti-yoga, então, é o processo pelo qual praticamos esse estado natural do ser vivo de se relacionar com Deus. E, pela prática, gradualmente retomamos nossa consciência original e lembramos a nossa posição real. Esse serviço devocional, bhakti, tem nove principais atividades, sendo que as primeiras são: ouvir, cantar, lembrar e servir amorosamente. Por isso que é tão enfatizado, em todas as religiões do mundo, o processo de ouvir as glórias e nomes de Deus e recitá-las também, o que automaticamente nos faz lembrar de Deus, nos conectar a Ele.
Ouvindo e recitando os nomes e atividades de Deus, e, portanto, lembrando-se dEle, rapidamente removemos de nosso coração os desejos e apegos inferiores e mesquinhos que desenvolvemos no mundo material e começamos a experimentar nossa bem-aventurança natural como entidades espirituais, como parte e parcela de Deus. Bhakti então nos aproxima cada vez mais de Deus que é infinitamente atraente (Krishna significa o todo atraente). Naturalmente, ao nos aproximar de alguém atraente (não só de aparência, mas em qualidades), desenvolvemos apego e depois amor. Assim, bhakti nos leva a desenvolver apego e finalmente amor puro por Deus, de acordo com nosso gosto (rasa) individual. Se até mesmo no mundo material com pessoas comuns sentimos grande prazer em experimentar o amor limitado, sequer podemos conceber o prazer infinito fruto do amor ilimitado e puro por Deus. Bhakti, portanto, é a eterna e original ocupação, qualidade e natureza (sanatana-dharma em sânscrito) do ser vivo de amar e servir Deus, em infinita bem-aventurança e conhecimento.
Tem duas categorias básicas no processo de bhakti-yoga. A primeira é de natureza puramente transcendental, ou espiritual – as práticas de bhakti propriamente ditas. É nessa categoria que se enquadram as práticas como ouvir (ler) e recitar os nomes, instruções e atividades de Deus, lembrar-se dEle e prestar serviços a Ele. A segunda é de natureza material, onde utilizamos um conhecimento sútil contido na literatura védica, acerca da realidade a nossa volta, para evitarmos maiores sofrimentos e nos posicionar de forma a ter maior facilidade para nos engajar nas práticas puramente transcendentais de bhakti. As práticas espirituais de bhakti são, é claro, as mais importantes e é isso que irá lhe trazer o verdadeiro avanço. Porém, sem suficiente cuidado com a outra categoria, nos encontraremos parcial ou totalmente incapazes de praticar bhakti.
Quando chegamos nos níveis mais elevados, tendo nos livrado da "poeira" em nosso coração fruto dos desejos egoístas e materiais, podemos compreender a natureza específica de nosso verdadeiro relacionamento (tecnicamente chamado de rasa, que significa gosto ou sabor em sânscrito) com Deus, cujas principais categorias são de admiração neutra, serviçal, amigável, parental e conjugal. Existem outros tipos de relacionamento, mas esses são os cinco principais. Porém, não importa que tipo de relacionamento temos com Deus, ou mesmo em que estágio de nossa jornada de volta a esse estado original estamos, o fato é que todos temos um relacionamento amoroso com Ele.
Acontece que agora estamos num estado esquecido e confuso, exatamente como uma pessoa adormecida que, durante seu sonho, esquece de quem realmente é, onde está, etc. Bhakti-yoga, então, é o processo pelo qual praticamos esse estado natural do ser vivo de se relacionar com Deus. E, pela prática, gradualmente retomamos nossa consciência original e lembramos a nossa posição real. Esse serviço devocional, bhakti, tem nove principais atividades, sendo que as primeiras são: ouvir, cantar, lembrar e servir amorosamente. Por isso que é tão enfatizado, em todas as religiões do mundo, o processo de ouvir as glórias e nomes de Deus e recitá-las também, o que automaticamente nos faz lembrar de Deus, nos conectar a Ele.
Ouvindo e recitando os nomes e atividades de Deus, e, portanto, lembrando-se dEle, rapidamente removemos de nosso coração os desejos e apegos inferiores e mesquinhos que desenvolvemos no mundo material e começamos a experimentar nossa bem-aventurança natural como entidades espirituais, como parte e parcela de Deus. Bhakti então nos aproxima cada vez mais de Deus que é infinitamente atraente (Krishna significa o todo atraente). Naturalmente, ao nos aproximar de alguém atraente (não só de aparência, mas em qualidades), desenvolvemos apego e depois amor. Assim, bhakti nos leva a desenvolver apego e finalmente amor puro por Deus, de acordo com nosso gosto (rasa) individual. Se até mesmo no mundo material com pessoas comuns sentimos grande prazer em experimentar o amor limitado, sequer podemos conceber o prazer infinito fruto do amor ilimitado e puro por Deus. Bhakti, portanto, é a eterna e original ocupação, qualidade e natureza (sanatana-dharma em sânscrito) do ser vivo de amar e servir Deus, em infinita bem-aventurança e conhecimento.
Tem duas categorias básicas no processo de bhakti-yoga. A primeira é de natureza puramente transcendental, ou espiritual – as práticas de bhakti propriamente ditas. É nessa categoria que se enquadram as práticas como ouvir (ler) e recitar os nomes, instruções e atividades de Deus, lembrar-se dEle e prestar serviços a Ele. A segunda é de natureza material, onde utilizamos um conhecimento sútil contido na literatura védica, acerca da realidade a nossa volta, para evitarmos maiores sofrimentos e nos posicionar de forma a ter maior facilidade para nos engajar nas práticas puramente transcendentais de bhakti. As práticas espirituais de bhakti são, é claro, as mais importantes e é isso que irá lhe trazer o verdadeiro avanço. Porém, sem suficiente cuidado com a outra categoria, nos encontraremos parcial ou totalmente incapazes de praticar bhakti.
Manual de Bhakti-yoga
p/ Giridhari Das
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